Marítimo afastado das meias-finais da Taça da Liga

O jogo, que o Marítimo necessitava imperiosamente de vencer, se quisesse seguir para as meias-finais da prova, começou-lhe muito mal e, logo aos cinco minutos, viu o avançado nigeriano Chidi, solto na área, cabecear facilmente um cruzamento da direita de Tarantini, perante um desamparado Marcos.

Como o dia, nublado e triste, o jogo, nem com o golo dos vila-condenses animou e os anfitriões apenas ameaçaram o empate, vinte minutos depois, com um remate de Djalma.

A equipa de Lori Sandri pode queixar-se de ausências importantes, casos dos lesionados Fernando Cardozo, Olberdam e Baba, com o treinador ainda a poupar o médio organizador de jogo dos madeirenses, Bruno e o médio ofensivo Marcinho (no banco) e a ter de prescindir do castigado lateral esquerdo Miguelito.

Na turma de Carlos Brito, a equipa estava toda operacional, num jogo em que os nortenhos nada tinham a perder, já que as suas hipóteses de qualificação eram nulas face à derrota com o Sporting e Paços de Ferreira, nas duas primeiras jornadas da prova.

Com um lateral esquerdo de raíz, Carlos Fernandes, reforço do início de época provindo do Braga, Lori Sandri apostou na adaptação do madeirense Briguel, sobrinho do presidente Carlos Pereira, nesse espaço do terreno, opção que não resultou.

Já conformado com o resultado, o experiente treinador brasileiro resolveu tirar o internacional angolano Djalma ao intervalo, substituíndo-o pelo ponta-de-lança Lelo, jogador também chegado esta época mas que tem se revelado como mais uma aposta que não está a resultar.

Nas bancadas, os poucos adeptos não poupavam Lori Sandri e a direcção do Marítimo, até pela dispensa de Bruno Fogaça, o avançado brasileiro segundo melhor marcador da equipa insular na época transacta, apenas suplantado por Makukula.

Até final, a turma de Carlos Brito controlou mau desempenho da equipa ''verde-rubra'', mesmo reduzida a 10 unidades, por expulsão de Niquinha, aos 76 minutos.

Mesmo assim, a equipa madeirense ainda conseguiu o seu tento de honra, por Pedro Moutinho, aos 83 minutos, num jogo em que ambas as equipas mereciam perder, tal as poucas jogadas ofensivas dignas de registo.