Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após o empate frente ao Moreirense (0-0), em jogo da 30.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos.
"Em termos de resultado, sim [o jogo tem sabor 'amargo']. A nossa ideia de jogo esteve lá todo o tempo. Quer a jogar com 11, quer com 10, conseguimos empurrar o Moreirense [para o seu meio-campo]. Se, na primeira parte, tivéssemos mais qualidade na definição, poderíamos ter criado mais oportunidades. Na segunda parte, dominámos, mas o jogo tornou-se estranho depois, com muitos lances junto à linha lateral, muitas substituições.
Não sei se [as decisões do árbitro] condicionaram ou não [o resultado]. O árbitro foi ver as imagens do último lance e achou que não era penálti [sobre o Coates]. Mesmo com o penálti e com a [eventual] expulsão do lateral-esquerdo [Abdu Conté], na segunda falta, devíamos e podíamos ter ganhado. Temos de definir melhor os cruzamentos e os remates. O Jovane apareceu muito na área, mas não marcámos.
Não concordo que o Moreirense tenha dominado [partes do jogo]. Não sei se o meu comportamento [muito interventivo no banco de suplentes] transmitiu muita ansiedade à equipa. Gostei do nosso jogo e estivemos mais perto do golo, quer com 11, quer com 10. Nas nossas saídas, temos problemas no último passe. Temos de continuar a trabalhar e a melhorar a equipa.
[O Sporting de Rúben Amorim não venceu ainda nenhum adversário acima do nono lugar] O Paços de Ferreira tem vindo a fazer um campeonato excelente, ganhou ao Rio Ave [3-2], que está na luta pela Europa, e perdeu com o Sporting [1-0]. O Gil Vicente perdeu connosco [2-1] e ganhou ao Rio Ave neste fim de semana [1-0]. Para mim, a vitória são três pontos. O Sporting não perde há seis [sete] jornadas.
Estamos numa fase muito inicial [do nosso trabalho]. Nunca olhei muito para a classificação. Sempre disse que não está nada decidido e que tínhamos um calendário difícil. Empatámos. Podíamos e merecíamos ter ganhado. Não ganhámos.
Com o Acuña em vez do Cris [Borja] no lado esquerdo da defesa [após uma substituição], ganhámos muito mais volume ofensivo. Cruzámos muitas vezes, mas não conseguimos marcar.
O [Eduardo] Quaresma precisa de respirar fisicamente, mas também mentalmente. Senti-o muito cansado e, apesar deste jogo ser muito difícil, achei que ele precisava de respirar. O Wendel também. O Battaglia teve uma excelente semana de trabalho e decidi trocar."
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