Declarações de Petit, treinador do Boavista, após o jogo Boavista-Marítimo (1-1), da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Porto.
“É um sentimento de frustração perder estes pontos. Sentimos que tínhamos o jogo controlado. O Marítimo teve mais bola e foi mais forte na segunda parte. Teve uma oportunidade num pontapé de canto, mas gerimos bem.
Entrámos bem no jogo, a pressionar alto e fizemos um golo. Poderíamos, sobretudo no último passe, ter melhorado. O Marítimo teve mais bola, mas não criou oportunidades. Na segunda parte, continuámos a querer pressionar mais alto e a querer ganhar bolas na primeira fase de construção do Marítimo. Depois, houve a expulsão do Zainadine.
Poderíamos ter controlado melhor o jogo, mas acontece a expulsão do Gaius Makouta. O Marítimo teve aí uma reação positiva e empatou. É frustrante perder pontos aos 90+5 minutos, num lance em que poderíamos ter tido mais experiência em detalhes que fazem a diferença. Tínhamos de gerir o jogo e não poderíamos ter sofrido o golo que sofremos.
Estou satisfeito pelo comportamento dos jogadores em termos de intensidade e atitude. A equipa tem muito para melhorar e dar. Não deu para trabalhar muito em apenas quatro dias, mas vamos continuar a acreditar no processo, porque vejo qualidade no plantel.
Houve um pouco de ansiedade. Entrámos a ganhar, estávamos bem no jogo e sentimos que o adversário tinha mais bola, mas não estava a criar muitas ocasiões de golo. Depois há pormenores na saída para a transição, a guardar a bola, a encurtar o espaço. São momentos que passámos pelo jogo, mas isso é também fruto desta ansiedade.
São nove jornadas sem ganhar. Estávamos perto e havia aquela ansiedade de ver que o jogo nos corria bem e teríamos de segurar o resultado. Sofrer um golo aos 90+5 custa muito. Disse no balneário aos jogadores que perdemos dois pontos e temos de estar tristes e frustrados, porque nesta casa, conhecendo bem o clube e estes adeptos, tem de ser até ao fim. É assim que a equipa vai crescer e os jogadores darão boas respostas.
Às vezes mudámos cinco [jogadores], outras vezes apenas um ou dois. Senti que a equipa estava bem no jogo e a cumprir o que foi pedido nestes quatro dias. Conheço o plantel por fora e tive pouco tempo para trabalhar. Estávamos bem defensivamente.
O Yusupha estava a dar à equipa a opção de segurar a bola. Lancei o Kenji Gorré para aparecer mais rapidamente no espaço. O Sebastián Pérez entrou muito bem. Senti que não precisava de mexer, porque a equipa estava bem. Não foi por não acreditar neles”.