Crónica: FC Porto com exibição intermitente arranca triunfo ao Marítimo

Os portistas abriram o marcador por Evanilson, aos 18 minutos, e, apesar de ampliarem a vantagem logo após o intervalo, com um tento de Pepê, aos 48, não evitaram que o Marítimo ainda reduzisse, por Edgar Costa, aos 53, e mantivesse o resultado em aberto até ao final.

Apesar do triunfo algo sofrido, o FC Porto, que somou a 15.ª vitória consecutiva no campeonato, reforçou a liderança da prova, agora com 56 pontos, mais nove do que o Sporting, segundo e com menos um jogo, enquanto o Marítimo, que não perdia há quatro jogos, segue no nono posto, com 24.

Naquele foi o primeiro jogo em que os 'azuis e brancos' já não puderam contar com Luis Díaz, o melhor marcador da equipa, que hoje foi anunciado como reforço dos ingleses do Liverpool, Sérgio Conceição escalonou Pepê para o lugar do colombiano e apostou, também, em Grujic para colmatar a ausência de Uribe, ao serviço da seleção colombiana.

Essas mexidas não afetaram o rendimento inicial da equipa portista, que desde cedo mostrou vontade em chegar à vantagem, deixando avisos iniciais num par de investidas de Otávio, que ia pautando a maior postura ofensiva dos 'dragões'.

Os madeirenses tentavam estancar essa pressão do adversário com um coeso bloco defensivo e, mesmo sem Joel Tagueu, a sua principal referência no ataque, que falhou o jogo por castigo, tentavam explorar o contra-ataque, chegando a esboçar um remate com intenção, por parte de André Vidigal.

No entanto, a superioridade dos nortenhos era evidente e não surpreendeu quando, aos 18 minutos, Evanilson inaugurou o marcador, respondendo de forma artística, com um desvio de calcanhar, a uma solicitação de Otávio, marcando o seu 13.º golo da temporada.

Apesar da contrariedade, o Marítimo ainda tentou reagir e, cinco minutos depois, teve uma boa chance para resgatar o empate, novamente com André Vidigal em destaque, embora falhando por pouco o alvo, quando estava em boa posição.

Alertado para os contragolpes dos insulares, o FC Porto acentuou o seu domínio no desafio, empurrando o adversário para mais perto da baliza, mas, perante a solidez defensiva martimista, não mostrava clarividência no último terço para ampliar a vantagem de 1-0 com que chegou ao intervalo.

Ainda assim, o tempo de descanso acabou por fazer melhor aos 'azuis e brancos', que precisaram de apenas três minutos após o reatamento para ampliar a vantagem, com um desvio feliz de Pepê a um remate inicial de Otávio, que traiu o guardião do Marítimo.

No entanto, tal como no primeiro tempo, os madeirense não esmoreceram com a contrariedade e insistiram no contra-ataque, retirando dividendos cinco minutos depois, após uma perda de bola dos portistas, com um lance desenhado por Wink e Guitane, que teve resolução incompleta do guarda-redes do FC Porto, sobrando a bola para Edgar Costa, que empurrou para o 2-1.

Percebendo o perigo do resultado, o FC Porto teve de aprofundar a sua presença na área contrária, mas, tal como tinha terminado a etapa inicial, sentia dificuldades no último terço, embora sem nunca largar o domínio das operações.

O Marítimo ainda conseguiu deixar alguns sustos, mantendo o resultado em aberto, mas o FC Porto, mesmo sem aguçada inspiração ofensiva, acabou por segurar o triunfo pela margem mínima.