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Crónica: Boavista remendado defensivamente anula Benfica de duas faces

O Boavista transfigurou-se hoje para assegurar na segunda parte um empate 2-2 com o Benfica, na abertura da 23.ª jornada da I Liga de futebol, contornando a razia no eixo defensivo com auxílio de novo ‘apagão’ coletivo lisboeta.

Crónica: Boavista remendado defensivamente anula Benfica de duas faces

No Estádio do Bessa, no Porto, os golos do marroquino Adel Taarabt, aos 21 minutos, e do espanhol Grimaldo, aos 30, adiantaram as ‘águias’, mas o brasileiro Gustavo Sauer, aos 74, e o congolês Gaius Makouta, aos 80, repuseram a igualdade para as ‘panteras’.

O Benfica segue na terceira posição, com 51 pontos, mas pode perder terreno para os rivais Sporting, segundo, com 54, e FC Porto, líder isolado, com 60, ao passo que o Boavista é 12.º classificado, com 22, e segue sem vencer há oito rondas consecutivas.

Abdicando de poupanças significativas a cinco dias da receção aos holandeses do Ajax, na abertura dos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões, Nélson Veríssimo concedeu a primeira titularidade em quase dois meses a Adel Taarabt, deixando no banco Paulo Bernardo.

Já Petit, que jogou nos ‘encarnados’ como médio, entre 2002 e 2008, teve de voltar a improvisar a composição do trio de defesas centrais ‘axadrezado’, apostando em Javi García e Tiago Ilori para as vagas dos castigados Jackson Porozo e Rodrigo Abascal.

Numa fase em que o Boavista ia retirando espaço à iniciativa do Benfica, Ilori acusou queixas físicas ao quarto de hora e deu lugar a Yanis Hamache, fazendo derivar Filipe Ferreira para o eixo defensivo, agora formado por dois laterais e um médio de origem.

Ato contínuo, aos 21 minutos, os anfitriões sofreram novo revés, desta vez refletido no resultado, com Rafa a beneficiar de uma maior liberdade de movimentos no miolo para servir de calcanhar Taarabt, que bateu Rafael Bracali com um disparo de fora da área.

Um cabeceamento ao lado de Petar Musa, aos 28 minutos, agitou o ataque do Boavista, que, à meia hora, voltou a tremer defensivamente num centro atrasado de Darwin na esquerda, que Rafa finalizou para defesa de Bracali e Grimaldo converteu na recarga.

O Benfica continuou a desenvolver o seu jogo em segurança até ao intervalo, por vezes aproveitando a descoordenação alheia para explorar a profundidade, como aos 34 e 39 minutos, quando Everton e Darwin viram golos anulados por situações de fora-de-jogo.

Odysseas entrou em ação diante de Peitar Musa no arranque da segunda etapa, aos 47 minutos, sinalizando o maior atrevimento das ‘panteras’, que se acentuou a partir da introdução de Kenji Gorré, em contraste com o menor discernimento dos ‘encarnados’.

Das unidades mais inconformadas do conjunto de Petit, o croata insistiu de cabeça, aos 65 minutos, e assistiu de calcanhar o ‘tiro’ certeiro de longe de Gustavo Sauer, aos 74, castigando a tremenda passividade do Benfica e devolvendo a incerteza ao marcador.

Com a emoção a transbordar para as bancadas, os pupilos de Nélson Veríssimo foram sendo cada vez mais encostados às cordas e sujeitaram-se ao empate, que Hamache ameaçou aos 77, ao rematar cruzado ao poste, e Gaius Makouta consumou de fora da área, aos 80, numa reposição lateral dinamizada a partir do flanco esquerdo por Gorré.

Até ao apito final, o Boavista esteve mais próximo do terceiro golo por Hamache, na cobrança de um livre lateral, aos 86 minutos, e pelo inconformado Musa, aos 89, saindo aplaudido pelos seus adeptos e com o estatuto reforçado de ‘rei’ dos empates, com 13.

O Benfica limitou-se a um livre desenquadrado nos ‘descontos’ de Darwin, ‘artilheiro’ da I Liga, com 18 tentos, que, quatro jogos depois, ficou em ‘branco’, sendo incapaz de mascarar nova exibição de duas faces das ‘águias’ antes da ‘prova de fogo’ com o Ajax.

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