Artur Jorge: "Para mim, o importante era ganhar o jogo"

“Vamos ter dificuldades iguais às que tivemos hoje e que já esperávamos. Foi um jogo que era expectável para nós, mas na segunda parte estivemos mais ligados do que na primeira ao que era o jogo do Panathinaikos, mais físico e direto, para sermos uma equipa mais dominadora, e fomos.

Ao intervalo, o importante foi fazer alterações comportamentais, porque no plano estratégico estávamos a cumprir. Queríamos aumentar a agressividade ofensiva em termos de velocidade para tentar entrar no bloco do adversário e intensidade para ganhar os duelos.

Entrámos fortíssimos na segunda parte, tivemos uma ocasião logo aos dois minutos pelo Abel Ruiz, depois o golo aos seis, fomos muito mais dominadores e chegámos ao 2-0 com alguma naturalidade. A partir daí, houve uma reação do adversário, que nos levou a tentar na parte final com mais transições e tivemos uma oportunidade clara que pode fazer a diferença no jogo, tivemos próximos do 3-0 e, no lance seguinte, sofremos o 2-1.

Mas, estou muito satisfeito com o que fizemos nos 90 minutos de uma forma geral. Para mim, o importante era ganhar o jogo, frente a um adversário difícil. Estamos em vantagem na eliminatória e na segunda mão, fosse qual fosse o resultado, iríamos a Atenas para ganhar o jogo.

(Pressão por ter dito que era a eliminatória mais importante da história recente do clube?) O peso sobre objetivos maiores não me custa carregá-lo. Podemos ficar com a sensação de que equipa esteve algo ansiosa no início do jogo, mas teve mais a ver com a dimensão que o Panathinaikos levou para o jogo, com faltas persistentes, mais duelos, agressividade forte, muita pressão, e isso levou-nos a errar mais passes, ficámos mais intranquilos e tivemos uma entrada menos conseguida.

O golo não muda muito, mas perdemos o conforto do 2-0 e até do 3-0 que podia ter acontecido no minuto anterior. Não espero do outro lado uma equipa que desista, da mesma forma que o Braga não vai jogar a pensar que a eliminatória está resolvida, vamos com a ambição de ganhar em Atenas porque queremos atingir o objetivo imediato que é entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Lesão de Al Musrati? Foi a tal agressividade dos duelos [de que falei], levou duas pancadas e acabou por sofrer uma entorse que vai precisar de reavaliação para perceber a dimensão da lesão”.