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José Gomes: "Foi um jogo em que imperou o nervosismo"

Declarações de José Gomes, treinador do Desportivo de Chaves, após o jogo frente ao Moreirense, da quarta jornada da I Liga.

José Gomes: "Foi um jogo em que imperou o nervosismo"
Desp.Chaves

“Aconteceu o pior que nos podia ter acontecido, que foi um golo logo no início do jogo, que trouxe à memória, naturalmente, dos nossos jogadores o último resultado em Faro. Trouxe intranquilidade, nervosismo e falta de discernimento, erros nas decisões e, portanto, toda essa intranquilidade jogou totalmente contra, apesar do controlo, na maior parte do tempo, do jogo com a bola, uma circulação sempre muito por trás, sem perigo para a baliza do adversário.

Pedimos pouco na profundidade, rematámos apenas cinco ou seis vezes na primeira parte, é verdade que o Moreirense só rematou duas, mas nós temos de olhar para aquilo que temos de melhorar e fazer. Nós rematámos mais, tivemos mais controlo do jogo, mas oportunidades claras de golo foram poucas. ´

Apesar de tudo, entrámos melhor na segunda parte, conseguimos o mais difícil que foi chegar ao golo, estávamos por cima do jogo nessa fase e, depois, de repente, ficámos a jogar com menos um jogador, que acabou por ser letal para que o Moreirense tivesse chegado ao 2-1.

[Saída de Bruno Langa] Há aqui alguma falta de maturidade competitiva, neste momento, porque o Langa não podia continuar, mas o Sandro [Cruz] já estava a chegar e era uma questão de segundos para podermos fazer a substituição. Por falta de maturidade competitiva não o fizemos e o facto de não o termos feito, o jogo entretanto não para, estivemos ali uns minutos e durante esses minutos o Moreirense chega ao segundo golo.

Foi um jogo em que imperou o nervosismo e esse nervosismo não deixou que os nossos jogadores mostrassem a qualidade de jogo que podem mostrar.

[Lenços brancos nas bancadas] Se fosse adepto e estivesse na bancada, também não estava satisfeito. Não posso estar satisfeito com a minha equipa, quando tem quatro derrotas. Nem eu, nem ninguém. Se eu fosse adepto do Desportivo de Chaves, também não estava satisfeito nem com o treinador, nem com os jogadores, estava chateado com a minha equipa porque quero ganhar, quero sentar na bancada e ver bom futebol.

O primeiro jogo foi atípico, jogámos à volta de 80 minutos ou mais com menos um. No segundo, fizemos um bom jogo, o resultado não espelha aquilo que aconteceu em campo, mas mostrámos coisas muito interessantes e, entretanto, a equipa estava a ser construída. A goleada sofrida em Faro, contra todas as expectativas, por aquilo que tínhamos feito contra o Sporting de Braga, traz intranquilidade, traz desconfiança, o que é normal. Hoje, começámos o jogo em cima do mesmo sentimento que trouxemos de Faro.

[Possível saída] Já tenho 30 anos de treino de futebol e isso permite-me sentir quando é que há circunstâncias em que é melhor para o clube e para equipa que o treinador saia, eu próprio já vivi isso. (…) Sou trabalhador e tenho de respeitar todas as decisões de quem manda, evidentemente. Seria um cobarde, com letras maiúsculas, se eu dissesse 'tenho de ir embora, tenho de abandonar isto', porque poderia ser um problema ainda maior para o clube. O plantel ainda está a ser construído, a assimilação está toda no início. Portanto, fazendo um paralelismo com aquilo que é a valia transmontana, com a resiliência, com a capacidade de sofrimento, de lutar contra a adversidade (…), eu tenho de ficar aqui para lutar, até as pessoas me quererem.

A insatisfação dos adeptos é legítima, outra coisa é o trabalho que está a ser feito. Os profissionais e as pessoas com responsabilidade sentem e sabem aquilo que está a ser feito”.

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