"Começo a ficar preocupado com o rendimento que o Benfica vai tirar deste jogador"

Com uma transferência efetivada no último dia do mercado de verão e que envolveu um encaixe de 20 milhões de euros à Fiorentina, os adeptos das águias começam a questionar se Arthur Cabral realmente valeu o esforço financeiro feito por Rui Costa, presidente do Benfica.

Desde a mudança de Gonçalo Ramos para o PSG, o Benfica procurava uma alternativa sólida para o ataque, e a escolha recaiu sobre Arthur Cabral. No entanto, apesar das oportunidades concedidas por Roger Schmidt, o jogador brasileiro ainda não se conseguiu impor como titular indiscutível dos encarnados.

Com apenas 25 anos, Arthur Cabral já possui experiência europeia, tendo jogado pela Fiorentina antes de se juntar às águias. No entanto, o seu desempenho até o momento tem deixado muito a desejar, especialmente na hora de finalizar as jogadas.

Este cenário está a aumentar a pressão sobre o jogador, bem como sobre a estrutura do Benfica, que fez um investimento significativo na sua contratação. O ex-vice-presidente do Benfica, António Figueiredo, expressou as suas preocupações em relação a este negócio, considerando-o "um pouco confuso".

"Quer dizer, o Benfica está interessado num jogador argentino, o jogador argentino vai para a Fiorentina e o Benfica vai buscar, pelo mesmo valor, um avançado que a Fiorentina lá tem", começou por dizer Figueiredo, fazendo referência a Lucas Beltrán, jogador que o emblema 'viola' comprou ao River Plate.

O antigo dirigente também expressou preocupação com o rendimento que o Benfica conseguirá obter de Arthur Cabral. Ele destacou que, apesar do jogador já ter experiência na Europa, não conseguiu demonstrar consistência no Benfica até agora: "Começa-me a deixar preocupado com o rendimento que o Benfica vai tirar deste jogador."

"Se o jogador tivesse vindo do Brasil, eu ainda estava menos preocupado porque, enfim, há aquele período de adaptação. Mas não, estamos na presença de um jogador que já jogava na Europa, sabe perfeitamente como é que se joga na Europa", explicou.

Figueiredo mencionou casos anteriores de avançados que não conseguiram afirmar-se na equipa encarnada, como Gabigol e Raul De Tomás, que posteriormente tiveram sucesso em outras equipas.

"Não estou ainda em situação de desespero e alguma coisa pode ser feita, o que é um facto é que 'gato escaldado de água fria tem medo' e passaram por aqui o Gabigol, que foi o que foi e no Brasil mostrou que é um grande jogador", rematou o ex-vice-presidente do Benfica.