'Caso Negreira': Presidente do Barcelona envolvido em escândalo de corrupção desportiva

As investigações alegam que os pagamentos feitos ao antigo presidente do Comité Técnico de Árbitros, José Negreira, constituem um delito com efeito continuado, o que levou o juiz Joaquín Aguirre, do Tribunal de Instrução número 1 de Barcelona, a alargar a lista de implicados, incluindo Laporta, atual Presidente do emblema catalão.

O caso "Negreira" começou a tomar forma em março de 2023, quando surgiram alegações de que José Negreira, antigo responsável da arbitragem espanhola, recebeu pagamentos de quase sete milhões de euros por serviços de assessoria verbal ao Barcelona entre 2001 e 2018.

O Ministério Público inicialmente excluiu Laporta da investigação, argumentando que os alegados pagamentos haviam prescrito. No entanto, o nome do líder blaugrana aparece agora em cima da mesa do Tribunal espanhol.

Ao invés, o juiz Aguirre discorda desta perspetiva e considera os pagamentos um "delito continuado." De acordo com a sua interpretação, o período de prescrição deve ser contado a partir da data do último pagamento, que ocorreu em julho de 2018, durante o mandato de Josep Maria Bartomeu como presidente do Barcelona.

A justiça espanhola sustenta que os acordos entre o Barcelona e Negreira eram estritamente confidenciais e destinados a influenciar as decisões dos árbitros em favor do clube. Com base nessa alegação, todos aqueles que lideraram o Barcelona entre 2001 e 2018 são agora implicados no caso.

A situação gerou uma série de preocupações, uma vez que o Barcelona enfrenta acusações de corrupção em negócios de forma continuada, levando a UEFA a pedir esclarecimentos ao clube. Este escândalo também ameaçou a participação do Barcelona na Liga dos Campeões desta temporada.