Totti: "Tenho pena de não ter sido treinado por José Mourinho durante a minha carreira"

Totti, cuja paixão e dedicação à Roma são inquestionáveis, afirmou que aceitaria com entusiasmo um papel definido na Roma, particularmente se Mourinho estivesse no comando da equipa romana.

"Com função definida, gostaria de voltar, principalmente se fosse com o Mourinho. Ele é o número um e eu respeito-o muito. Tenho pena de não ter sido treinado por ele durante a minha carreira. Na Roma, eles sabem que, se precisarem de mim para coisas sérias, terei prazer em ajudá-los", começou por dizer o antigo médio, em declarações ao 'Corriere della Sera', citado pelo site 'ZeroZero'.

Ao longo da entrevista, Totti abordou a sua longa relação com o clube, que abrange mais de três décadas. O ex-internacional italiano revelou que rejeitou ofertas tentadoras de outros clubes, incluindo uma proposta do Real Madrid, em deferência à camisola giallorossi que ostentou com orgulho.

"Passei trinta anos na Roma. Mostrei respeito a todos os profissionais e larguei outras oportunidades. Disse 'não' ao Real Madrid e a outras equipas, porque queria aquela camisola giallorossi que tenho dentro de mim", continuou Totti.

Totti expressou alguma tristeza pela forma como a sua história com o clube italiano terminou, enfatizando que, no mundo do futebol, o respeito muitas vezes desvanece quando os jogadores já não são considerados essenciais nos clubes que representam.

"Não gostei da forma como a minha história com a Roma terminou. Quando tu não és mais necessário no futebol, o respeito acaba por se perder. Maldini, Del Piero, Baggio estão fora do futebol. Isso significa alguma coisa, certo?", observou.

O ex-capitão da Roma também revelou que a sua transição para a vida pós-futebol foi uma experiência desafiadora. Totti confidenciou que sente falta de todos os aspetos do jogo, desde as concentrações até à rotina diária com os companheiros de equipa.

"Sinto falta de tudo. As concentrações, o balneário, a camisola, a sala de massagens... fazia tudo parte da minha vida. O bar e o café com os meus companheiros, a viagem de autocarro de Trigoria (cidade desportiva da Roma) até o estádio. Sinto falta da rotina que marca minha vida há décadas", rematou.