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O Benfica assegurou a sua presença nos oitavos de final da Liga Europa após eliminar o Toulouse, mas as críticas à exibição da equipa e às escolhas táticas de Roger Schmidt tornam-se evidentes.
"Mais um jogo sofrido, em que o Benfica valeu mais pelas suas individualidades", observa Calado.
A partida, realizada no solo francês, deixou os adeptos benfiquistas divididos entre a celebração pela passagem e a preocupação com o rendimento apresentado.
O empate a zero na segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final pode ter selado o destino do emblema português na segunda competição mais importante da UEFA, no entanto, não conseguiu evitar as críticas dos adeptos benfiquistas e da imprensa desportiva nacional.
A partida realizada em solo francês gerou um misto de emoções, com a imprensa a destacar mais as fragilidades do Benfica do que o feito de avançar para a próxima fase.
O modesto 14º classificado da Ligue 1 colocou à prova a consistência defensiva e a capacidade criativa do Benfica, expondo algumas vulnerabilidades da equipa comanda por Roger Schmidt que levantaram dúvidas entre os observadores atentos do jogo.
Contudo, figuras proeminentes outrora ligadas aos encarnados não hesitaram em expressar o seu descontentamento com a prestação da equipa.
José Calado, antigo jogador das águias e atual comentador na CMTV, ressaltou a dependência das individualidades e o esforço individual em detrimento de um desempenho coletivo consistente por parte do Benfica.
"Mais um jogo sofrido, em que o Benfica valeu mais pelas suas individualidades e pelo brio profissional do que pelo coletivo. A equipa fez os mínimos para passar. Na 2ª parte, não fosse Trubin e a infelicidade do Toulouse e o Benfica podia ter sido eliminado", referiu Calado.
Daniel Kenedy, ex-médio de FC Porto e Benfica, por sua vez, apontou a falta de oportunidades criadas pela equipa lisboeta e o controlo limitado exercido sobre a eliminatória.
"Jogo complicado, o Toulouse criou várias oportunidades, mas o mais importante era passar à próxima fase e isso o Benfica conseguiu. Agora é descansar e preparar o próximo jogo. O Benfica controlou eliminatória, mas não criou oportunidades", disse o ex-jogador.
No entanto, o antigo técnico português Manuel José foi mais incisivo nas críticas, destacando um curto período de qualidade do Benfica durante a partida e uma postura defensiva na segunda parte que considerou inadequada.
"O Benfica jogou só 10 minutos de futebol, entre os 30’ e os 40’, enquanto os suplentes do Toulouse se adaptaram", começou por referir o experiente treinador luso.
"Nessa fase teve duas oportunidades e meia de golo e a partir daí desapareceu do jogo. O Benfica limitou-se a defender durante toda a 2ª parte. E mal", rematou Manuel José.
Apesar da passagem aos oitavos de final, onde irá medir força com os escoceses do Rangers, o Benfica tem agora a árdua tarefa de corrigir as lacunas identificadas e recuperar a confiança dos adeptos, que começam a mostrar alguma desconfiança quanto à possibilidade dos encarnados chegarem longe na prova.
No que toca aos desafios domésticos, o próximo jogo no horizonte das águias é contra o Portimonense, marcado para o próximo domingo, dia 25 de fevereiro, no Estádio da Luz.
Este encontro surge como uma oportunidade para a equipa de Roger Schmidt demonstrar uma resposta contundente após as críticas recebidas por parte dos adeptos e de figuras respeitadas no universo vermelho e branco.
