O verão de 2022 foi marcado por mudanças significativas no Benfica, com a chegada do treinador alemão Roger Schmidt para liderar a equipa encarnada rumo à conquista de títulos.
"Andavam com Schmidt num andor, ia para a seleção alemã e para o Galatasaray", recordou Fernando Mendes.
Com uma carreira sólida no futebol europeu, Roger Schmidt trouxe consigo uma visão ambiciosa e um estilo de jogo que prometia empolgar os adeptos benfiquistas.
O técnico alemão destacou desde cedo a importância da "mística" do clube e a paixão única dos seus adeptos, o que gerou um clima de entusiasmo e otimismo no início da sua gestão.
As primeiras impressões foram altamente positivas. Roger Schmidt conseguiu implementar com sucesso a sua filosofia de jogo, resultando em vitórias convincentes e performances sólidas da equipa encarnada.
A conquista do campeonato nacional logo na sua temporada de estreia na Luz e o desempenho respeitável na Liga dos Campeões, onde as águias chegaram até aos quartos de final, tendo caído apenas aos pés do então finalista da última edição Inter de Milão, reforçaram a confiança dos adeptos no trabalho do treinador alemão.
No entanto, a segunda temporada de Schmidt em solo português trouxe consigo desafios inesperados. O Benfica enfrentou dificuldades na manutenção de alguns jogadores-chave, como Vlachodimos, Gonçalo Ramos ou Grimaldo, além de contratações que não se mostraram à altura das expectativas, como Jurásek e Arthur Cabral.
A conquista da Supertaça Cândido de Oliveira no início da época foi um momento de destaque, mas logo surgiram dificuldades em competições como a Taça de Portugal e a Taça da Liga, onde o Benfica não conseguiu manter-se na disputa até fases avançadas.
No que à Liga Europa diz respeito, a equipa portuguesa procura destacar-se, mas a tarefa não se apresenta fácil para os pupilos de Schmidt, uma vez que terão de medir forças com o Marseille nos quartos de final da segunda competição mais importante a nível de clubes da UEFA.
Certo é, que a contestação por parte dos adeptos encarnados aumentou à medida que a temporada ia avançando, e nas últimas semanas as especulações sobre possíveis substituições no comando técnico das águias aumentou, com o nome de José Mourinho a ser apontado ao atual campeão nacional.
Fernando Mendes, antigo jogador português e agora comentador desportivo, abordou sobre a mudança de opinião dos benfiquistas em relação a Schmidt, destacando a volatilidade do ambiente no futebol quando os resultados não correspondem às expectativas.
"Há coisa de dois, três meses atrás andavam com o Roger Schmidt num andor. Começa a época, era o melhor treinador do mundo. Ia para a Seleção da Alemanha, para o Galatasaray, ia para todo o lado, meio mundo andava atrás de Roger Schmidt", afirmou Fernando Mendes, em declarações na CMTV.
"De um momento para o outro, passa a ser o grande diabo do Benfica, não sabe fazer substituições. Na época passada, raramente fazia substituições mas era um grande treinador", destacou ainda o antigo internacional português, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.
A decisão sobre o futuro de Roger Schmidt no clube está agora nas mãos da direção liderada por Rui Costa, que enfrenta o desafio de equilibrar as aspirações dos adeptos com a estabilidade interna do clube.