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Mónica Jorge diz que final entre o Japão e os EUA «pode trazer surpresas»

A selecionadora de Portugal, Mónica Jorge, considera que a final do Campeonato do Mundo de futebol feminino entre o Japão e os Estados Unidos, a disputar no domingo em Frankfurt, ''pode trazer surpresas”.

Mónica Jorge diz que final entre o Japão e os EUA «pode trazer surpresas»

“O Japão é uma equipa tecnicamente muito evoluída e pode surpreender a maturidade tática e a experiência competitiva dos Estados Unidos”, disse à agência Lusa Mónica Jorge, que acompanha na Alemanha o desenrolar da prova.

Mónica Jorge descartou a hipótese de, a curto prazo, Portugal poder aspirar a marcar presença na fase final de um Mundial, mas não escondeu o sonho, mais real, de colocar a equipa das “quinas” num Europeu.

À maior experiência competitiva dos Estados Unidos, país com presença assídua em fases finais, contrapõe o Japão, que tem como principal arma o contra-ataque, com uma irreverente juventude e um nível técnico e tático superior.

“A seleção dos Estados Unidos possui uma enorme maturidade e experiência competitiva, mas o Japão é uma equipa jovem que, embora mais inexperiente, é boa tecnicamente, arrisca e não tem medo de nada”, defende.

Mónica Jorge espera, por isso, uma final “equilibrada”, entre uma seleção que possui uma mentalidade forte, como a dos Estados Unidos, e outra, como a do Japão, que possui uma técnica elevada e uma organização tática mais coesa.

A selecionadora de Portugal considera que o futebol feminino começa a ser muito competitivo e que já não há um fosso tão grande entre as equipas ditas superiores e as outras.

“A Alemanha ficou pelo caminho, o Brasil também e a França está a crescer. Há países muito fortes competitivamente e um equilíbrio muito grande entre os países que dominavam e os que não dominavam”, explicou.

Mónica Jorge justificou as eliminações precoces do Brasil e da Alemanha – detentora do troféu – com o facto de terem cometido erros aproveitados pelos Estados Unidos e pelo Japão, respetivamente.

“Já há seleções que trabalham tanto ou tão bem como esses países e que estão a investir cada vez mais no nível físico, pelo que as equipas mais tecnicistas e mais criativas estão também mais musculadas”, defendeu

Questionada sobre a possibilidade de Portugal poder vir a participar num Mundial a curto prazo, Mónica Jorge considerou que tal seria um pouco difícil, até porque é na Europa que estão algumas das potências.

“Para um Mundial não é fácil. A Europa é a zona onde existe o maior número de equipas competitivas, como as dos países nórdicos, França, Espanha, Alemanha e Itália, e é muito difícil lutar por uma das vagas”, sustentou.

A selecionadora já considera mais provável, a curto/médio prazo, a presença de Portugal na fase final de um Europeu.

“Vamos ver, mas é preciso muito trabalho e a federação continuar a investir na modalidade. A presença numa fase final de um Campeonato da Europa é um sonho mais próximo do que na de um Campeonato do Mundo, mas quem sabe se um dia não chegámos lá”, disse Mónica Jorge.

A selecionadora espera que o futebol feminino português continue a evoluir, que o Campeonato Nacional seja mais competitivo, e considera que o facto de algumas jogadoras estarem a competir fora do país ajuda a melhorar o nível.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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