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Marítimo: Soluções «low cost» em tempos de crise

É oficial! A austeridade chegou ao futebol e para ficar. Nem os clubes profissionais da Madeira, acusados pelos seus homólogos do continente de serem beneficiados pelo Governo Regional, conseguem escapar a esta vertigem financeira e atravessam dias conturbados.

Marítimo: Soluções «low cost» em tempos de crise

E tudo isto a menos de uma semana do Marítimo começar a jogar o seu futuro na Liga Europa, onde estão centradas grandes esperanças de retorno financeiro.

Pedro Martins operou milagres na última época. O panorama é semelhante e uma vez mais a matéria-prima não abunda. Esperemos que a qualidade e o rigor que permitiram alcançar bons resultados no passado se voltem a repetir. Será necessário valorizar a prata da casa e apostar em jovens como João Diogo e Marakis, provenientes do Marítimo B, de modo a alcançarem o nível de Ruben Ferreira e Fidélis, por exemplo, que surpreenderam no ano de estreia na equipa principal.

Saíram peças-chave do meio-campo e Ruben Brígido, que pouco ou nada jogou na última temporada no União de Leiria, dificilmente será o eleito para preencher as vagas em aberto no miolo do terreno. Não está em questão o seu talento, mas uma equipa que ambiciona estar na fase de grupos de Liga Europa precisa de outro tipo de soluções. O recém-chegado José Semedo poderá vir a ter papel importante, mas em ano de estreia na Liga Sagres é uma escolha de risco.

Na defesa, ainda está para chegar uma alternativa credível a Roberge. Mais do que o encaixe financeiro que a sua transferência permitirá, o Marítimo prepara-se para perder um dos melhores defesas-centrais do campeonato, e da sua história também. No contexto atual do mercado, o mais sensato é encontrar um substituto interno. A filosofia do Marítimo e do seu treinador têm sido nesse sentido e é de crer que continuem a dar rodagem aos miúdos da equipa B.

O plantel é mais curto que o da época transata. O orçamento também. Desta feita, os cortes por parte do Governo Regional foram na ordem dos 21% e nenhum nome sonante chegou ao Caldeirão dos Barreiros, até agora, neste defeso. A equipa irá valer-se da polivalência que muitos dos seus jogadores permitem e do recrutamento à formação secundária em situações que assim o exijam. Em tempos de crise, esta é uma vantagem do Marítimo em relação à maioria dos clubes do seu nível na Liga Zon Sagres e mais do que nunca deve ser aproveitada.

PS: A chantagem permite obter excelentes resultados quando bem aplicada e o melhor exemplo disso mesmo é o presidente do Nacional da Madeira, Rui Alves. Além de conseguir uma verba extra por parte do governo, na ordem dos 170 mil euros, voltará a ser candidato à presidência do seu clube e cada vez com mais apoio dos nacionalistas. Em 2010, a melhor forma que encontrou para cativar os sócios do seu Nacional foi ao fechar o parque de estacionamento do Estádio da Madeira, assim como a tribuna principal do seu estádio, quando com a melhor das intenções «emprestou» o recinto ao Marítimo na Liga Europa.

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