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Marítimo: Clube estranha conceção de democracia do Governo madeirense

O Marítimo considerou hoje “estranha a conceção da democracia” do Governo Regional da Madeira e reiterou que os atrasos nas obras do Estádio dos Barreiros decorrem de um dívida daquele ao Instituto do Desporto da Região (IDRAM).

Um novo comunicado, agora em resposta a um esclarecimento da Secretaria Regional de Educação e Cultura, aumentou a crispação entre o Marítimo e o Governo Regional, detentor de 40 por cento da SAD, cujas relações estão tensas desde que Alberto João Jardim afirmou publicamente que o clube “teria de ser revisto de alto a baixo”.

Num programa da RTP – Madeira, na segunda-feira, o presidente do Marítimo, Carlos Pereira, disse que uma alegada dívida do IDRAM à banca estaria na origem “do bloqueio às obras de remodelação do Estádio dos Barreiros” e queixou-se também “das diferenças feitas” pelo Governo Regional nas comparticipações à construção de infraestruturas desportivas, em particular as de remodelação dos Barreiros e do Estádio da Madeira, propriedade do rival Nacional.

Depois de Alberto João Jardim ter acusado Carlos Pereira de ingratidão, o Governo Regional, através da Secretaria Regional de Educação e Cultura, emitiu um esclarecimento em que diz que as declarações do dirigente “não correspondem à verdade” e sublinha que tal dívida “não constitui, de modo nenhum, quer pelo valor envolvido, quer pelo prazo, motivos de recusa de crédito ou como crédito em mora, aliás não comunicado como tal pela Banca ao Governo Regional”.

Frisando a “falta de solidariedade, de caráter” das afirmações do presidente do Marítimo, ao qual, no seu entendimento, “não assiste o direito de opinar enquanto tal sobre as opções do programa do Governo quanto às obras que realiza”, a Secretaria Regional diz “ser responsabilidade do Marítimo obter os meios financeiros”, apresentando-os ao Governo Regional, “algo que não foi concretizado até à data pelo clube”.

Segundo o Governo Regional, “a comparticipação de capital pela Região na remodelação dos Barreiros é superior ao verificado na Choupana [Estádio da Madeira], representando em termos globais 46.401.404 euros e 25.351.865 euros, respetivamente”.

Hoje, em novo comunicado, assinado por Carlos Pereira, o Marítimo diz que “é estranha a conceção da democracia que o aludido ‘esclarecimento’ encerra já que considera propriedade exclusiva do Governo o direito de opinar e castra esse mesmo direito ao representante de sócios e acionistas do Marítimo”.

“Lamenta-se que uma resposta legítima do signatário, fundada em factos e documentos, dada após uma interpelação do jornalista do programa “Prolongamento” da RTP Madeira, suscitada por mais uma apreciação pública pouco abonatória (também ela legítima), dê lugar a acusações de “falta de solidariedade”, de “carácter” e de “gratidão”, refere ainda o comunicado.

Relativamente às verbas empregues nos estádios dos dois clubes, o Marítimo garante que “não há qualquer obsessão, apenas a constatação de factos devidamente documentados, oportunamente comunicados, que, além de outros aspetos, parecem querer tratar de modo igual o que é diferente”.

Lamenta ainda o Marítimo que das negociações que decorreram, tendo em conta o financiamento dos Barreiros, “por imposição do sistema Bancário, não resultou desfecho positivo devido a incumprimentos do IDRAM para com o sistema financeiro e não para com o Marítimo, como erradamente refere o esclarecimento.

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