Liga dos Campeões: Análise aos adversários de Benfica e FC Porto

Grupo C (Anderlecht, Benfica, Olympiacos e PSG):

Anderlecht – O campeão belga é uma formação habituada às andanças da Champions League. Não é das equipas com maior representação nacional da Jupiler League e possui um plantel com nacionalidades bastante mescladas. Tem no argentino Matías Suárez o goleador de serviço e move-se bastante pelo talento de Massimo Bruno e Guillaume Gillet. Na defesa possui Anthony Van den Borre, defesa belga que chegou a ser considerado uma das unidades mais promissoras do futebol europeu. Não atravessa um grande momento em termos internos, caminhando atrás de um Standard Liège completamente avassalador.

Olympiacos – Tricampeão grego, com absoluta dominação em terras helénicas nos últimos anos. Treinada pelo espanhol Míchel, a equipa do Piraeus possui nas suas fileiras os ex-benfiquistas Roberto e Javier Saviola. Tem como habitual titular no meio-campo o internacional português Paulo Machado. O Benfica terá que mostrar ainda cuidado com o costa-riquenho Joel Campbell, jogador dos quadros do Arsenal que tem sido cedido para ganhar experiência europeia. Até ao momento, o Olympiacos só sabe vencer nas lides domésticas.

Paris Saint-Germain – A equipa com mais soluções do grupo. Possui um leque de jogadores de classe mundial e mostrou na temporada passada frente ao FC Porto que tem argumentos para medir forças com qualquer das maiores equipas da Liga Zon Sagres. Ibrahimovic, Cavani e Lavezzi são um tridente atacante de meter respeito à mais organizada defesa, enquanto Lucas Moura e Javier Pastore conferem uma enorme criatividade ao meio-campo da equipa que fez a transição entre Carlo Ancelotti e Laurent Blanc. Depois de um início tremido na Ligue 1, os parisienses só sabem ganhar desde há três jornadas. Continuam invictos.

Grupo G (Atlético de Madrid, Áustria Viena, FC Porto e Zenit):

Atlético de Madrid – A mudança de Falcao para o Mónaco em nada afetou a produção ofensiva dos colchoneros. David Villa parece ter conquistado os adeptos do Vicente Calderón de imediato. Rei morto, rei posto. Os homens de Diego Simeone possuem em Courtois um guarda-redes de classe mundial, têm um eixo defensivo com os experientes Diego Godín e Miranda, jogam no meio-campo com Koke, Mario Suarez e o português Tiago, além de terem no ataque Diego Costa, brasileiro que se tem apresentado em grande forma. Nas primeiras quatro jornadas da Liga BBVA, a equipa de Madrid venceu todas as partidas.

Áustria Viena – O campeão da Áustria em título é a equipa com menores recursos do agrupamento do FC Porto e também o seria se fosse colocado ao lado do Benfica. Em termos internos tem sido superado por equipas como o Salzburgo, Ried, Grodig e pelo eterno rival Rapid Viena. Possui nas suas fileiras uma maioria de jogadores austríacos e sem grande experiência europeia. Dado que o FC Porto visitará o Franz-Horr-Stadion já na próxima quarta-feira, 18 de setembro, nem o frio poderá ser um óbice para uma vitória azul e branca.

Zenit – Equipa de milhões e que mostrou bastante qualidade diante do Paços de Ferreira, no play-off de acesso à fase de grupos. Possui em Roman Shirokov um avançado concretizador e em Kerzhakov um mortífero ponta-de-lança. Conta com a velocidade de Hulk e Danny nos flancos, mais a criatividade de Axel Witsel na zona intermédia. Arshavin e Tymoshchuk já passaram o seu auge, mas poderão valer pela experiência em momentos decisivos. Há duas temporadas, a equipa de Luciano Spaletti seguiu em frente com os cipriotas do Apoel no grupo do FC Porto e relegou os portugueses para a Liga Europa. Ficou o aviso de um conjunto que nem era tão forte e coeso na altura.