Copa América: Argentina, Brasil e Uruguai favoritos para a 44.ª edição

A formação anfitriã, que nunca conquistou a prova, e a Colômbia, vencedora em 2001, são as outras seleções com ambições à conquista da competição sul-americana, que termina a 04 de julho, dia da final, marcada para Santiago.

Face à ausência de Luis Suárez, ainda a cumprir castigo da mordidela ao italiano Chiellini no Mundial2014, o Uruguai parte ‘atrás’ de Argentina e Brasil, liderados por Lionel Messi e Neymar, os outros dois membros do tridente do FC Barcelona que marcou a época 2014/15.

Melhor formação sul-americana no último Mundial, ao cair apenas na final, perante a Alemanha, a Argentina, que se dá ao luxo de prescindir de Enzo Peréz ou Nicólas Gaitán, surge disposta a acabar com uma ‘seca’ que dura desde 1993.

Na ‘era’ Lionel Messi, os ‘albi-celestes’ perderam a final de 2007 e, em casa, ficaram pelos ‘quartos’ em 2011, derrotados na ‘lotaria’ pelo Uruguai, e voltam agora com aspirações, baseados num ataque fortíssimo.

Além de Messi, Gerardo ‘Tata’ Martino tem ao seu dispor Aguero, Higuain, Di Maria, Tevez, Lavezzi ou Pastore, mais um conjunto de jogadores que, atrás, também dão garantias, como Romero, Zabaleta, Garay, Otamendi, Rojo ou Mascherano.

Por seu lado, o Brasil surge encabeçado por Neymar, na segunda ‘era’ Dunga, que venceu todos os nove particulares após o traumatizante Mundial2014, com Scolari: em casa, os ‘canarinhos’ forma goleados por 1-7 pela Alemanha, nas ‘meias’, e ainda perderam o ‘bronze’ para a Holanda (0-3).

O ‘Mineirazo’ está bem presente, mas o Brasil pode somar o quinto título nas últimas sete edições, com um grupo que integra, entre outros, os já ex-portistas Danilo e Casemiro, David Luiz, Thiago Silva, Willian, Roberto Firmino e Diego Tardelli – faltam os lesionados Óscar, Luiz Gustavo e Marcelo.

Quanto ao Uruguai, a baixa de Luis Suárez é ‘pesada’, mas o veterano Óscar Tabárez não deixa de ter um conjunto de grande qualidade, liderado pelo avançado Edinson Cavani, que também sem Diego Fórlan, tem toda a responsabilidade de marcar.

Com a experiência de jogadores como o benfiquista Maxi Pereira, Godin, Jiménez, Muslera ou os ex-portistas Álvaro Pereira, Fucile ou Cristian Rodriguez, a formação uruguaia não vai desistir facilmente da ideia de revalidar o título.

Quanto aos ‘outsiders’, o Chile conta com o ‘fator casa’, mas não só, pois o argentino Jorge Sampaoli conta com vários ‘craques’, como Alexis Sanchez, Arturo Vidal ou Cláudio Bravo, para chegar pela primeira vez ao cetro.

A Colômbia, também comanda por um argentino (Jose Pekerman), é outra das candidatas, sob a batuta de James Rodriguez e com Radamel Falcao ‘louco’ por voltar a mostrar que sabe marcar golos, após época para esquecer em Manchester.

O portista Jackson Martinez, melhor marcador da I Liga portuguesa pelo terceiro ano consecutivo, Carlos Bacca, que ‘bisou’ recentemente na final da Liga Europa, e o ‘bleu’ Cuadrado são outras das ‘armas’ dos ‘cafeteros’.

Na fase de grupos, o Chile é claro favorito a vencer o Grupo A, que comparte com o Equador, de Enner Valencia, um desfalcado México, mais preocupado com a Gold Cup da CONCACAF, e a Bolívia, de Marcelo Moreno.

No Grupo B, o Paraguai, liderada pelo veterano Roque Santa Cruz e com Derlis González, mas sem Óscar Cardozo, tentará ‘juntar-se’ a Argentina e Uruguai, enquanto a Jamaica vai, certamente, procurar aproveitar a experiência para evoluir.

O Brasil e a Colômbia encabeçam, por seu lado, o Grupo C, com o Peru, dos ‘portugueses’ Carrillo, Hurtado e Advincula, e a Venezuela, do futuro benfiquista John Murillo, à espreita do outro lugar que pode valer o apuramento.

Os dois primeiros de cada uma dos agrupamentos e os dois melhores terceiros seguem para os quartos final (24 a 27 de junho), seguindo-se as meias-finais (29 e 30), o jogo de apuramento do terceiro lugar (03 de julho) e a final (04).