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Gil Vicente congratula-se com decisão da Liga e vai pedir indemnização

Os responsáveis do Gil Vicente congratularam-se hoje com o arquivamento do processo disciplinar por parte da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, devido ao recurso aos tribunais comuns no âmbito do ''Caso Mateus'', e pretendem uma indemnização.

''Depois de todo o imbróglio e a dois dias do fim das inscrições, relegaram-nos para a II Liga. Com tudo isto, o Gil Vicente teve um prejuízo de 2,5 milhões de euros'', disse o presidente dos ''galos'', António Fiúza, em conferência de imprensa, referindo-se à perda de verbas de receitas televisivas e dos patrocinadores.

Em causa está o recurso apresentado pelos minhotos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa para impugnar a descida de divisão decretada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e cumprida pela Liga de clubes: a Comissão Disciplinar da Liga entende que este acto está previsto na Lei e que, por isso, o Gil Vicente não está sujeito a qualquer sanção por se tratar de um acto de natureza orgânica e administrativa.

''Vamos exigir uma indemnização porque o Gil Vicente agiu sempre de boa fé e não pode ser prejudicado'', continuou Fiúza, frisando que o clube de Barcelos e o seu departamento jurídico sempre ''afirmaram que o 'Caso Mateus' não era um processo desportivo mas sim administrativo''.

Apesar de se ter livrado de nova descida de divisão - a primeira deveu-se ao facto de também ter recorrido para os tribunais comuns, mas para resolver uma questão entendida como especificamente desportiva, no caso a inscrição do futebolista Mateus - o Gil Vicente incorre noutras penalizações por ter quebrado os seus deveres na qualidade de associado da Liga.

Sobre o castigo imposto pela Comissão Disciplinar da Liga de clubes, uma suspensão de cinco meses e uma multa de 4.000 euros devido a declarações públicas ''relativas a diversos membros dos órgãos da estrutura desportiva'' e publicadas em Agosto e Setembro de 2006, Fiúza disse que vai reunir com departamento jurídico do clube ''para analisar o acórdão e, naturalmente, recorrer da sentença''.

''Estamos satisfeitos com a decisão. Vários juristas se pronunciaram sobre o caso, defendendo sempre tratar-se de um processo laboral e, por isso, administrativo, não estando abrangido pelos regulamentos da FIFA ou da FPF'', afirmou Pedro Macieirinha, advogado do Gil Vicente.

O responsável do departamento jurídico dos ''galos'' destacou ainda que o clube quer ainda ver resolvida a ''recolocação do Gil Vicente na Taça de Portugal e das equipas dos escalões jovens nos respectivos campeonatos'', aguardando nova decisão do Conselho de Disciplina da FPF sobre as (três) faltas de comparência do clube na Liga de Honra.

Para Macieirinha, ''será dada razão ao Gil Vicente e os jogos em causa serão repetidos''.

LUSA

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