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Walter lembra passagem pelo FC Porto: "Tenho um prémio de 15 mil euros que ainda não foi pago"

O experiente avançado brasileiro, agora com 33 anos, partilhou as suas experiências, numa carta aberta ao "Globoesporte", onde refletiu sobre a sua carreira tumultuada. Ele também abordou a sua estadia no FC Porto, onde ingressou em 2010.

Walter lembra passagem pelo FC Porto: "Tenho um prémio de 15 mil euros que ainda não foi pago"

"Eu permaneci no Internacional até 2010. Conquistei o campeonato gaúcho sub-20 e o título profissional em 2009. Então surgiu a oportunidade de me juntar ao FC Porto em Portugal. Mais uma vez, senti o fardo de estar à margem de tudo, de não compreender plenamente as coisas. Fui vendido por um valor, mas recebi um pagamento menor. Prometeram um salário de 30 mil euros, porém eu recebia apenas 15 mil euros, e um prémio de assinatura no valor de 95 mil euros que ainda não foi pago até hoje. Perguntam-me por que não questionei... Na época, eu não tinha noção do valor do euro. Contudo, simplesmente jogar no FC Porto, naquele momento, era suficiente. Estar no mesmo campo que Hulk e Falcao...", começou por dizer Walter.

O avançado também partilhou a sua experiência de deixar os Dragões após uma temporada em que marcou 10 golos em 25 jogos pela equipa principal e conquistou títulos como a Liga Europa, o campeonato, a Taça de Portugal e a Supertaça.

"Isso foi o bastante até o nascimento de minha filha, Catarina Vitória, em 2010. Pela primeira vez, comecei a refletir sobre mim mesmo, aos 23 anos. Desejei regressar ao Brasil, pois não estava satisfeito em Portugal. Decidi deixar o FC Porto e fui emprestado ao Cruzeiro. Infelizmente, sofri com duas lesões e a minha atuação em campo foi limitada", lamentou.

O excesso de peso sempre foi um obstáculo para o jogador. Após a sua passagem pelo Cruzeiro, ele foi emprestado ao Goiás, onde marcou 45 golos em 82 jogos.

"No entanto, isso não foi suficiente aos olhos do público. Eu não poderia ser um bom jogador, um goleador. Eu era conhecido como Walter, o jogador gordo do Goiás, resumido a um mero rótulo: 'Olha a baleia'. Embora eu nunca tenha negado os problemas de peso, as pessoas me rotularam como um beberrão, mesmo eu não sendo um grande fã de bebidas alcoólicas."

"Meu verdadeiro problema está na comida, na coca-cola, nos biscoitos recheados... Não há limites, é uma questão de abrir a boca. As pessoas julgam, mas poucos se preocupam em entender. Cada um tem sua própria história, e a história minha e do meu irmão é de um menino que ia ao mercado, ansiando por algo a mais para comer, mas que não tinha nada no bolso", desabafou.

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