Do esplendor à desilusão: A crise profunda do Man United dez anos após a saída de Ferguson

Os red devils, que outrora eram sinónimo de sucesso, estão agora mergulhados numa crise que vai além das quatro linhas, revelando-se como um desafio não apenas para os treinadores, mas para a estrutura e liderança da equipa.

Desde a era de Ferguson, o United já viu oito treinadores passarem pelo banco, sendo três deles interinos. Nomes como David Moyes, José Mourinho e Erik ten Hag foram incumbidos da missão de restaurar a glória perdida, mas os resultados não têm correspondido às expectativas.

As palavras de José Mourinho, que muitos consideravam polémicas durante o seu período difícil em Manchester, agora ecoam com uma estranha profecia.

Frases como 'o segundo lugar na Premier League foi um dos maiores feitos' fizeram chover críticas ao técnico português. Todavia, atualmente há quem dê razão a Mourinho.

Os sucessores do técnico luso não conseguiram preencher o vazio deixado por Mourinho, confirmando algumas das suas críticas à filosofia e abordagem subsequentes do emblema inglês.

O Manchester United, nesta temporada, enfrenta um registo esquizofrénico, com mais derrotas do que vitórias. Em 24 jogos, a equipa de Ten Hag ganhou apenas 11, perdeu 12 e empatou uma vez.

A campanha na Liga dos Campeões também é dececionante, sendo o último classificado no grupo, com 15 golos sofridos, revelando uma vulnerabilidade defensiva alarmante.

A procura por um sucessor para Erik ten Hag já começou, com nomes como Lopetegui e Potter a surgirem como possíveis candidatos.

Contudo, a crise no Manchester United parece ir além do treinador. Como Mourinho apontou, é uma questão de organização e tomada de decisões, as quais têm sido inconsistentes.