"Trubin é muito explosivo para a estatura que tem. É muito feroz e isso faz toda a diferença"

"Não é normal que um guarda-redes com aquela abertura tenha tanta explosão", destaca Beto Pimparel.

Desde a sua chegada à Luz nesta época, Trubin tem enfrentado uma série de desafios, no entanto é certo que também tem conquistado não apenas a confiança da estrutura do clube, mas também o respeito dos adeptos e de muitos dos comentadores desportivos nacionais.

O início da jornada de Trubin no Benfica foi marcado por algumas dúvidas, especialmente após um jogo difícil contra o Salzburg na Liga dos Campeões.

No entanto, o guarda-redes ucraniano rapidamente dissipou essas incertezas com as suas atuações seguras e confiantes, ganhando rapidamente a admiração de grande parte dos aficionados do atual campeão nacional.

"Quando defrontam Trubin, os jogadores começam a pensar que podem falhar"

Nos últimos jogos, Trubin tem se destacado como uma verdadeira muralha na baliza das águias, especialmente pela sua habilidade notável em defender grandes penalidades.

Das cinco grandes penalidades marcadas contra o Benfica nesta temporada, Trubin conseguiu travar três, estabelecendo um recorde impressionante na história do clube, deixando para trás nomes como Vlachodimos, Ederson, Enke e Manuel Bento.

Face à evolução de Trubin e da importância que ganhou na equipa comandada por Roger Schmidt, o antigo guarda-redes português Beto, em entrevista ao jornal desportivo A Bola, não poupou elogios ao desempenho de Trubin.

Beto destacou a explosividade e agilidade do guarda-redes ucraniano, características que o tornam num adversário temível para os marcadores de grandes penalidades.

"É muito explosivo para a estatura que tem. Não é normal que um guarda-redes com aquela abertura tenha tanta explosão. Se a bola for para o lado onde ele vai, é muito difícil que seja golo", começou por dizer o antigo guardião luso que, recorde-se 'tirou' uma conquista da Liga Europa ao Benfica quando representava o Sevilla.

Além disso, Beto Pimparel ressaltou o aspeto psicológico deste tipo de lances, onde a confiança de Trubin tem gerado insegurança nos adversários.

"Basta que um determinado guardião comece a ter uma taxa de sucesso para que os jogadores se sintam mais desconfortáveis. É como se tivessem aquele diabinho no ombro a dizer que podem falhar", observou.

"Saber que Trubin defendeu 60% dos penaltis desde que chegou ao Benfica deixa um peso maior no subconsciente de quem vai bater a próxima penalidade", frisou Beto

"Quando defrontam Trubin e avançam para a bola, os jogadores começam a pensar que podem falhar. Repito: Trubin é muito feroz e isso faz toda a diferença", rematou.

Desde que chegou ao Benfica, Trubin já foi utilizado em 31 jogos por Roger Schmidt, revelando-se como uma contratação de enorme sucesso para as águias.

Avaliado em 25 milhões de euros, o guarda-redes ucraniano foi contratado ao Shakhtar Donetsk por 10 milhões de euros, depois de uma temporada de destaque ao serviço do clube ucraniano.