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"Alguns benfiquistas trataram-me de forma violenta. Passaram muito os limites mesmo"

Beto Pimparel, antigo guarda-redes e figura icónica do futebol português, foi o convidado de honra esta semana no programa "Além Fronteiras", conduzido pelo experiente jornalista Nuno Luz na SIC Notícias.

"Alguns benfiquistas trataram-me de forma violenta. Passaram muito os limites mesmo"
Sevilla

"Ao princípio foi muito difícil, tive de atravessar um processo muito doloroso", lembra Beto, referindo-se ao término da sua carreira.

O antigo guarda-redes da Seleção Nacional mergulhou numa viagem nostálgica pelo seu passado futebolístico, revelando detalhes marcantes e reflexões sobre o seu presente após a aposentadoria dos relvados.

Após pendurar as chuteiras há dois anos, Beto optou por iniciar uma nova fase da sua vida em Sevilha, uma cidade que não só foi palco das suas maiores conquistas desportivas, mas também onde encontrou o amor.

Durante quatro anos, entre 2012 e 2016, Beto viveu no calor de Sevilha, desfrutando não apenas do sucesso nos relvados, mas também da vibrante cultura espanhola que o acolheu de braços abertos.

No entanto, a sua procura por novas experiências levou-o a escolher um destino inesperado: a Finlândia. Fascinado pela curiosa combinação de desportos e estilo de vida nórdico, Beto mergulhou de cabeça numa nova aventura.

Na terra do gelo e do futebol, o antigo guarda-redes encontrou uma comunidade acolhedora e uma perspetiva única sobre o mundo do desporto.

"Tive de ter ajuda profissional para deixar de não querer ir a um estádio de futebol ver um jogo porque não conseguia"

Apesar de ter deixado os holofotes do futebol profissional, Beto Pimparel permanece dedicado ao desporto, agora num papel com muito menos pressão.

Como embaixador da Liga, administrador da Fundação de Futebol e colaborador em projetos solidários, o antigo guarda-redes continua a impactar positivamente o mundo do desporto e da comunidade.

No entanto, a transição para a vida após o futebol não foi isenta de desafios. Beto admitiu que enfrentou dificuldades emocionais significativas durante o processo de adaptação, recorrendo a ajuda profissional para lidar com a transição.

"Ao princípio foi muito difícil, tive de atravessar um processo muito doloroso. Tive de ter ajuda profissional para deixar de não querer ir a um estádio de futebol ver um jogo porque não conseguia", revelou Beto.

Apesar das dificuldades, Beto emergiu mais forte do outro lado, com uma nova perspetiva sobre a vida e uma determinação renovada para enfrentar os desafios que se avizinham.

Um dos momentos mais memoráveis da carreira de Beto foi certamente a final da Liga Europa de 2014, onde o Sevilla venceu o Benfica numa emocionante batalha que terminou nas grandes penalidades.

Enquanto celebrava a vitória, Beto também enfrentou críticas por parte dos adeptos benfiquistas devido à sua conduta durante a marcação dos penáltis, um momento que gerou controvérsia na época.

"O que é relevante, obviamente, é a forma violenta, muitas vezes, como me trataram alguns benfiquistas (...) Houve pessoas que passaram muito os limites mesmo", disse o antigo guardião português.

Apesar das adversidades e dos desafios emocionais que enfrentou, Beto Pimparel continua a ser um exemplo de resiliência e determinação para os fãs de desporto em todo o mundo.

A sua jornada única desde os campos de futebol até às ruas de Sevilha e às paisagens da Finlândia destaca a diversidade de experiências e oportunidades que o desporto pode proporcionar, mesmo para além das quatro linhas.

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