Desde a sua chegada ao Benfica na temporada passada, Roger Schmidt, treinador alemão conhecido pelo seu estilo de jogo ofensivo e vibrante, tem enfrentado uma série de desafios na Luz que vão além do terreno de jogo.
"Os fofos de Vizela enganaram e camuflaram ali deficiências que são visíveis", observa ex-dirigente do Sporting.
Conhecido também pela forma como as suas equipas exercem pressão sobre os adversários e pela sua abordagem tática arrojada, Schmidt trouxe consigo uma nova energia à equipa encarnada, prometendo competir ao mais alto nível tanto a nível nacional como europeu.
No entanto, apesar de alguns momentos de brilhantismo, a sua jornada na Luz tem sido marcada por desafios e múltiplas críticas, especialmente no que diz respeito ao desempenho da equipa lisboeta nas competições europeias.
Uma das principais fontes de frustração para os adeptos benfiquistas tem sido o desempenho das águias nas competições da UEFA e, apesar de terem conquistado a Supertaça contra o FC Porto e ocuparem atualmente o topo da tabela na liga portuguesa, a campanha europeia do Benfica tem sido aquém das expectativas.
A eliminação precoce da Liga dos Campeões, seguida por uma entrada na Liga Europa, levantou questões sobre a capacidade da equipa encarnada de competir ao mais alto nível no palco internacional.
A transição para a Liga Europa não trouxe alívio imediato para os encarnados. Apesar de terem avançado para os oitavos de final da competição, o percurso do Benfica tem sido marcado por exibições inconsistentes e resultados pouco convincentes.
A vitória na primeira mão contra o Toulouse, com dois golos de penálti convertidos por Ángel Di María, foi suficiente para garantir a vantagem encarnada, mas a segunda mão em solo francês revelou uma equipa que lutou para manter a sua posição, enfrentando dificuldades perante uma equipa francesa determinada.
As críticas à abordagem de Roger Schmidt não se limitam apenas aos resultados. Observadores neutros e rivais têm questionado as opções táticas do treinador alemão e a sua aparente falta de reação em momentos cruciais para o Benfica.
Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente do Sporting, destacou a aparente fragilidade do Benfica em jogos de maior pressão, sugerindo que a equipa da Luz "enganou" nos jogos domésticos contra equipas teoricamente mais fracas.
"Os fofos de Vizela enganaram e camuflaram ali deficiências que são visíveis quando o Benfica é chamado a jogos de maior responsabilidade", começou por dizer o conhecido sócio dos leões, na CMTV, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.
"Eu devo dizer que a segunda parte contra o Toulouse foi medonha. Os de Vizela foram fofos", observou o comentador afeto ao emblema de Alvalade.
Barbosa da Cruz não se conteve nas críticas, sugerindo mesmo que o Benfica consulte a astróloga Maya para lidar com os "eclipses" que, segundo ele, têm afetado o desempenho do clube em momentos cruciais da temporada.
"O Toulouse entregou-se ao jogo com mais energia, agressividade e o Benfica abanou. Ou seja, eu acho que o Benfica tem um problema astrológico", frisou.
"Devia consultar a Maya porque o Benfica tem eclipses. O Benfica teve um eclipse em San Sebastián onde não levou cinco na primeira parte por sorte", acrescentou ainda Barbosa da Cruz.
"O Benfica passou à próxima eliminatória porque teve sorte. Ponto final", rematou.