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Liga Zon Sagres: O que é nacional é bom na versão do Feirense

Para o Feirense, a tradição ainda é o que era e, por isso, para o clube de Santa Maria da Feira, aquele que mais utiliza portugueses na Liga Portuguesa de futebol, o que é nacional é que bom.

Liga Zon Sagres: O que é nacional é bom na versão do Feirense

Indiferente à mudança de estatuto que aconteceu esta época, o Feirense continua a apostar na qualidade dos jogadores portugueses, tal como fez há 21 anos, quando subiu à liga principal do futebol nacional.

Nesse ano, ninguém se lembra da existência de jogadores estrangeiros. Agora, a sua presença é incontornável, mas não supõe uma escolha preferencial de Quim Machado.

''Hoje em dia, os treinadores não podem olhar à nacionalidade. Agora, eu defendo que, jogando no campeonato português, devemos ter muitos portugueses, porque temos jogadores com muito valor'', disse à Lusa Quim Machado.

A provar a veracidade das suas palavras, o treinador dos ''azuis e brancos'' tem os dados da caminhada da sua equipa: em 10 jogos, usou 15 portugueses e apenas seis estrangeiros.

''Estamos num campeonato em que a maior parte das equipas tem dois, três portugueses, e nós temos apostado neles, não porque somos contra os estrangeiros, mas porque os portugueses também têm qualidade'', garantiu Machado.

Os velhos hábitos não se alteraram. Os treinos continuam a ser feitos num dos únicos campos relvados do complexo desportivo de Santa Maria da Feira, entre balizas ferrugentas, vestígios de relva acabada de cortar e um punhado de adeptos que podem orgulhar-se de ter sempre treinos á porta aberta.

Por isso a pergunta impõe-se: será a maioria portuguesa uma imposição dos constrangimentos financeiros ou uma convicção.

''Não sei se o jogador estrangeiro é mais caro ou não, sei é que o jogador português é bom e já o demonstrou a nível internacional. Temos o melhor jogador do mundo e o melhor treinador do mundo. E, nessa perspetiva, apostamos nos portugueses. E eu penso que o que é nacional é bom'', assegurou o técnico.

Visto de fora, dir-se-ia que o Feirense vive bem com a sua portugalidade, mas não exclui ninguém.

''É com enorme orgulho que somos uma equipa portuguesa. Por isso, à partida, devemos ter a maior parte de jogadores portugueses, mas todos são bem-vindos, independentemente da nacionalidade. Nós queremos é bons jogadores, que lutem pela camisola do Feirense'', assumiu, por seu lado, Paulo Lopes.

O guarda-redes não é totalista, mas quase, e prefere não pensar sobre o facto de algumas equipas viverem essencialmente de estrangeiros. Questionado, ele que é quem melhor vê todos os jogadores adversários, abstém-se de comentar e remete esclarecimentos para as instituições que gerem o futebol.

''As entidades próprias é que têm de falar sobre isso. Eu pessoalmente, como português, vou ser sincero. Acho que deviam ser dadas mais oportunidades aos jovens portugueses, porque afinal de contas nas seleções acabamos por ser sempre das potências máximas do futebol”, desabafou.

Mas, Paulo Lopes respeita todas as filosofias, tal como Diogo Cunha. O médio, que é indiferente ao equilíbrio entre portugueses e estrangeiros, atribui a responsabilidade das escolhas aos treinadores.

''O nosso gosta de portugueses, aliás gosta de bons jogadores. A verdade é que quantos mais jogadores portugueses jogarem em Portugal melhor'', disse à Lusa.

Orgulhosos pelo estatuto de equipa com mais minutos jogados por portugueses, os elementos do Feirense, que ocupam o último lugar da tabela classificativa, querem lutar para se manterem, pelo menos, mais um ano na liga principal.

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