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Leonardo Jardim acha que a crise responsabiliza os profissionais do futebol

O português Leonardo Jardim, treinador do Olympiacos, considera que a crise responsabiliza o seu trabalho e dos futebolistas e que Portugal tem problemas semelhantes aos da Grécia, registando apenas que os gregos são “mais expressivos”.

Leonardo Jardim acha que a crise responsabiliza os profissionais do futebol

“O futebol é cada vez mais um escape. Nós sabemos das nossas responsabilidades, do que temos de fazer porque muitos dos adeptos que nos veem têm algumas dificuldades financeiras e gastam dinheiro no futebol para termos alegrias e isso responsabiliza o nosso trabalho”, salientou o treinador do Olympiacos, que lidera a Liga grega.

Em entrevista à agência Lusa, Leonardo Jardim encontra semelhanças entre a situação social e financeira de Portugal e Grécia e diferenças no comportamento da população.

“A Grécia, tal qual como Portugal, atravessa algumas dificuldades, principalmente as classes mais carenciadas. Na minha opinião, a grande diferença entre os dois países é na expressão, os gregos são muito mais expressivos em manifestações sociais e noutros tipos de comportamento, enquanto os portugueses talvez não. Acho que é nesse ponto que estão as grandes diferenças, porque os problemas penso que são semelhantes aos que existem em Portugal”, explicou.

Desde o início da época a treinar os atenienses do Olympiacos, Leonardo Jardim, de 38 anos, encara o entusiasmo dos adeptos gregos como uma responsabilização do seu trabalho.

“O futebol na Grécia é vivido com muita intensidade, de uma forma um pouco diferente de Portugal, existe um grupo de seis, sete equipas que colocam muita gente nos estádios, não é somente o Olympiacos. Os adeptos vibram muito com os clubes e principalmente os do Olympiacos criam um ambiente fantástico nos nossos jogos em casa. Só quem já assistiu a um jogo nosso em Atenas é que consegue perceber esta intensidade. Esta paixão dos nossos adeptos também nos aumenta a responsabilidade de querer fazer bem, mais e melhor”, frisou.

O técnico português, que cresceu na Madeira, mas nasceu na Venezuela, aponta a competência como explicação para a preferência dos gregos por treinadores portugueses.

“Não tenho dados suficientes para analisar se na Grécia gostam dos treinadores portugueses, mas acredito que sim, se não gostassem, não tinham sido tantos a ter estado no campeonato grego, nem a seleção era liderada pelo Fernando Santos. Acredito que os treinadores portugueses, que têm mostrado trabalho nos campeonatos internos e também no exterior, têm cada vez mais qualidade, apresentam resultados e é isso que os clubes querem”, concluiu.

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