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Taça Confederações: Brasil vs. Espanha, improvisação vs. organização

Era o desfecho mais esperado. A Taça das Confederações não trouxe surpresas e irá terminar com um Brasil vs. Espanha na final. De um lado, a equipa organizadora, à procura da glória de outros tempos. Do outro, a super-poderosa Espanha. Bicampeã da Europa e Campeã do Mundo. O favoritismo terá que estar do lado espanhol, mas os canarinhos terão, certamente, alguns trunfos na manga.

Taça Confederações: Brasil vs. Espanha, improvisação vs. organização

Nas meias-finais, a Itália ainda assustou a Espanha e foi na lotaria das grandes-penalidades que a ‘La Roja’ se voltou a salvar. Tal como no Euro-2012, frente a Portugal, ‘nuestros hermanos’ terminaram os 120 minutos com um nulo, para depois levarem a melhor da marca dos 11 metros. E, como aconteceu frente a Portugal, a Itália teve oportunidades para ganhar a partida em tempo útil. A dificuldade espanhola foi a mesma: responder a uma pressão constante e intensa do adversário.

Não é por aqui que o Brasil poderá fazer a diferença. Neymar e Fred não têm capacidade para pressionar logo na primeira linha e, aí, os canarinhos libertarão de imediato a fase inicial do jogo Espanhol. Resta saber qual o plano de Luiz Felipe Scolari no miolo do terreno. E, nesse setor, os sul-americanos têm unidades com capacidade para criar problemas: Lucas Moura, Paulinho e Luiz Gustavo podem ser unidades fundamentais na partida de domingo.

Se Luiz Gustavo, jogador do Bayern Munique, teve uma boa experiência frente ao Barcelona na Liga dos Campeões (e a Espanha tem a espinha dorsal formada por atletas da Catalunha), Lucas Moura também se saiu bem diante dos espanhóis, pelo PSG. Paulinho tem sido uma das boas surpresas da armada brasileira e tem o necessário para contrariar a Espanha: sabe defender com intensidade e atacar de forma simples, rápida e precisa. No fundo, age como um 'box-to-box' moderno.

Na defesa, pede-se mais concentração a Thiago Silva e David Luiz, que comprometeram bastante diante do Uruguai, nas meias-finais da prova. Marcelo e Daniel Alves são laterais bastante ofensivos e terão que saber pautar, irrepreensivelmente, os momentos de atacar e defender diante da Espanha. Porque, se os espanhóis têm o mais ofensivo Jordi Alba e o mais defensivo Arbeloa, os brasileiros possuem dois laterais que não ficariam mal a extremos.

Da Espanha, pouco há para dizer. Constituída pela maioria de jogadores do Real Madrid e Barcelona, a ‘La Roja’ possui as rotinas que o jovem Brasil não tem. Joga de olhos fechados e, quando a deixam jogar, muito dificilmente se torna contrariável durante o encontro. Tem em Xavi e Iniesta o cérebro e o desestabilizador. De resto, tudo jogadores habituados à pressão do mais alto nível futebolístico. Há quem diga que Vicente Del Bosque nem se tem que chatear muito para ganhar. Não é totalmente verdade, mas também não é totalmente mentira.

Luiz Felipe Scolari, os portugueses sabem, é um motivador nato. Puxará a moral dos seus jogadores ao nível mais elevado possível. Além disso, os adeptos. Os brasileiros são apoiantes incansáveis e não abandonarão a sua seleção. Em 2004, Portugal perdeu por 1-0 diante da Grécia, na final do Europeu. O treinador era ‘Felipão’. Amanhã, a história poderá ser outra. Ou não. Afinal, a improvisação é sempre mais surpreendente do que a organização. Que se lancem os dados e que entre em cena a magia do futebol.

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