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Brasil-Portugal: Declarações de Paulo Bento e de Luíz Filipe Scolari

Declarações dos selecionadores de Portugal e do Brasil, após o jogo particular de futebol entre as duas equipas, disputado hoje no Estádio Gillette, em Foxborough, nos Estados Unidos, que o Brasil venceu por 3-1.

Brasil-Portugal: Declarações de Paulo Bento e de Luíz Filipe Scolari

Paulo Bento: [Sobre a ausência de Cristiano Ronaldo] ''Era sermos demasiado redutores levarmos a nossa exibição e o resultado que alcancamos à presença de um jogador, que é um jogador importante, um dos melhores do Mundo, e que tem uma influência grande na nossa forma de jogar. Não perdemos, naturalmente, este jogo devido à sua ausência. Perdemos porque, em determinados momentos da primeira parte, que é quando verdadeiramente houve jogo, não fizemos muitas coisas que normal costumamos fazer: jogar, quer ofensiva quer defensivamente, com níveis de agressividade mais elevados. A verdade é que, nos momentos em que o conseguimos fazer na primeira parte, criamos três situações de golo e, nas vezes em que tivemos essa oportunidade, não o fizemos da melhor maneira. E, depois, acabamos por o pagar também do ponto de vista defensivo. Estivemos bem posicionados, mas não fomos agressivos sobre o portador da bola, não fomos contundentes em alguns contra-ataques do adversário. E, quando jogas com níveis de agressividade baixos em dois momentos do jogo contra uma equipa como o Brasil, acabas por pagar caro.

[Sobre a estratégia de jogo] Traçámos uma estratégia, essencialmente para a primeira parte, e, em alguns momentos, podíamos ter tirado mais partido dela. Tirar mais partido do jogador da frente, do nosso ponta-de-lança, jogar com o bloco mais baixo, tentar influenciar a primeira fase de construção do brasil, mas jogando com linhas mais baixas para explorar a velocidade dos três jogadores da frente, não abdicando de tentar, em organização ofensiva, chegar à área do adversário. Nas vezes que o conseguimos fazer, com qualidade e agressividade, criámos as situacões de finalização de que falei. A verdade é que não o fizemos tantas vezes como podíamos, e devíamos nos primeiros 45 minutos. Acima de tudo, coletivamente, nao estivemos tão bem como costumamos estar.

[Sobre Nelson Oliveira] Não me quero alongar muito sobre o plano individual. Menos ainda quando estamos a falar de um jogo que coletivamente não foi muito conseguido. Penso que tentou cumprir com aquilo que lhe foi pedido num contexto difícil, sendo um jogador ainda jovem, com uma margem de progressão elevada, que está agora a jogar no seu clube de forma mais assídua.

[Balanço] Perdemos e perdemos bem. Na segunda parte, com o 3-1, acabou o jogo, que se tornou insipido. O Brasil a conseguir controlar o jogo sobre o ponto de vista defensivo também. O que fica é uma vitoria justa do Brasil que, talvez pelas oportunidades da primeira parte, se fosse pela diferença mínima também se ajustaria. O que fica é que, seja contra quem seja, não jogando com níveis de agressividade elevados torna-se complicado ganhar, ainda mais a uma equipa com a qualidade do Brasil. Agora não sabemos, só o saberemos em outubro, se isto não foi a melhor coisa que nos aconteceu. Vínhamos de um período desde fevereiro, desde o jogo com o Equador, em que nao tinhamos perdido, realizando alguns bons jogos, quer de caráter oficial quer de caráter particular, e hoje não fomos tao bons como costumamos ser. Agora, esperemos, e isso é a resposta que temos de dar em outubro no jogo contra Israel, é que isso não nos contagie. Mas isso teremos tempo de abordar depois.

Luíz Filipe Scolari: ''[sobre jogar contra Portugal] É dificil pelos laços que nós temos, mas o futebol é dessa forma que é desenvolvido e eu tenho de fazer o meu trabalho pelo Brasil.

[Sobre Neymar] Continua sendo caçado, porque tem a qualidade do drible, se expõe a uma jogada em que o adversário lhe bate ou desloca, e aí vem a história que o Neymar muitas vezes se joga. Muitas vezes ele é parado com faltas e o árbitro tem de dar.

Jogou muito bem. Faz três anos, quatro anos, desde que surgiu no Santos, que tem uma apresentação a cada 15, 20 jogos em que não reproduz o que sabe fazer ou um pouquinho menos do que o normal, mas o normal é isso.

[sobre as substituíções] Algumas foram devido a situação do jogo. Hernani para segurar um pouco mais a bola, o meio campo que estávamos perdendo. O Pato era para ter contunuidade de observação. O Lucas foi uma substituição nos últimos 10 minutos. O Henrique foi uma substituição que quis fazer para o por como volante, porque era um momento de bola aérea e ele tem um bom posicionamento. Foram algumas, a maioria, para segurar ou modificar o jogo, outras, no final, para, ganhando 3 a 1, segurar a bola.

[Avaliação para o mundial] Confirmar [jogadores] totalmente ainda não, porque faltam quatro jogos este ano e o jogo de março. Depois tem uma série de detalhes que podem fazer eu mudar o pensamento sobre um jogador. Mas, no jogo da Austrália e no de hoje, vi que tem um ou dois jogadores que posso acrescentar naquele grupo de 18 que acho que serão jogadores para a copa do Mundo. Achei que ganhamos, no mínimo, mais dois jogadores.

[Sobre a agressividade de Portugal] Isto é jogo de campeonato mundial, e ainda é bem pior do que isso. É por isso que estamos fazendo estes amistosos e enfrentando equipas com a qualidade que tem Portugal. Portugal joga muito bem, joga uma bola redondinha. A rispidez num jogo, desde que assim num lance sem intencao de machucar, acho normal.

[Sobre a situação de Portugal no apuramento para o Mundial] Pelo resultado do jogo de hoje, com a Rússia vencendo Israel por 3-1, Portugal já tem quase com 95% da qualificaçnao no segundo lugar assegurada. Mas ainda tem de brigar pelo primeiro. Foi muito bom encontrar todo o mundo de Portugal. Muito interessante ver a reação, como ainda se tratam e lembram do nosso ambiente. Foi legal, foi bom conviver nestes poucos minutos com a minha turma. Embora houvesse, nesse team que aí esta... sete iniciaram ainda no meu temo, de 2003 a 2008, e outros dois que iniciaram no segundo tempo... Os outros são jogadores novos que o Paulo vai ajeitando lá na equipa. Para mim, era mesmo mais um jogo amistoso de rever os amigos''.

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