O Gil Vicente considerou hoje que o indeferimento da sua providência cautelar para integrar a Liga de futebol reforça a sua tese de que o ''caso Mateus'' é uma questão administrativa, tornando possível o recurso aos tribunais civis.
''Esta decisão (do Tribunal Central Administrativo Sul) dá-nos alguma confiança, pois vem reforçar que esta não é uma questão estritamente desportiva e, como tal, pode ser julgada em tribunais. E recordo que descemos de divisão pelo facto de Federação e Liga entenderem que esta questão era de natureza estritamente desportiva e que violamos os regulamentos'', explicou Pedro Maceirinha.
Em declarações à Agência Lusa, o advogado do clube minhoto lembrou que ''esta já não é a primeira vez que os tribunais entendem que este tema é de natureza administrativa'', pelo que se manifestou ''convicto de que a acção principal vai ser favorável ao Gil Vicente''.
O Gil Vicente interpôs três acções em tribunal: a primeira para tentar manter-se na Liga principal, uma outra sobre a decisão da Federação em suspender o clube dos jogos da Taça de Portugal e os escalões de formação das competições jovens e, finalmente, vai tentar a impugnação das normas que proíbam no sistema jurídico português o recurso aos tribunais civis, como acontece actualmente face aos regulamentos da FIFA, Federação e Liga de Clubes.
Na base do ''caso Mateus'' está o facto de o Gil Vicente ter recorrido para os tribunais comuns (violando as regras da Federação, UEFA e FIFA) para resolver o problema com a inscrição do internacional angolano: o Belenenses, que desceu de divisão, participou dos minhotos, que assim foram relegados para a Liga de Honra, por troca com a equipa do Restelo.
LUSA