Benfica não terá de fazer assembleia geral para comprar Cardozo

Fonte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse à agência Lusa que a compra de Oscar Cardozo “está dentro da gestão normal do clube, em termos de política de contratações”, pelo que não terá de ser alvo de aprovação pelos accionistas em assembleia geral convocada especificamente para o efeito.

O Benfica anunciou hoje, em comunicado ao regulador do mercado de capitais, a compra de 80 por cento do passe do futebolista paraguaio Oscar Cardozo ao clube argentino Newell’s Old Boys, por 9,156 milhões de euros.

O artigo 182º do Código de Valores Mobiliários refere que ''a partir do momento em que tome conhecimento da decisão de lançamento de oferta pública de aquisição que incida sobre mais de um terço dos valores mobiliários da respectiva categoria, e até ao apuramento do resultado ou até à cessação, em momento anterior, do respectivo processo, o órgão de administração da sociedade visada não pode praticar actos susceptíveis de alterar de modo relevante a situação patrimonial da sociedade visada que não se reconduzam à gestão normal da sociedade e que possam afectar de modo significativo os objectivos anunciados pelo oferente''.

Estes actos têm que ser ''autorizados por força de assembleia geral convocada exclusivamente para o efeito'' e aprovados por uma maioria de dois terços, de acordo com a lei.

No caso da compra de 80 por cento do passe de Oscar Cardozo esta questão não se coloca.

A Metalgest, holding do empresário Joe Berardo, lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre 85 por cento das acções da Benfica SAD, oferecendo 3,5 euros por cada acção.

Cardozo, um ponta-de-lança de 24 anos (nasceu 20 de maio de 1983), deverá vestir a camisola dos “encarnados” nas próximas cinco temporadas, segundo o comunicado da Benfica Futebol SAD publicado no site oficial da CMVM.

LUSA