O treinador português Abel Ferreira ‘convocou’ 11 sócios do Palmeiras para assistirem à final da Taça Libertadores de futebol, no sábado, no Rio de Janeiro, onde o embate com o Santos vai ser disputado num Maracanã praticamente vazio.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus obriga a que a final da 61.ª edição da principal prova de clubes sul-americana seja disputada no gigante estádio carioca despido de público, com apenas cinco mil dos quase 80 mil lugares ocupados.
A assistência autorizada pelo Estado do Rio de Janeiro é ligeiramente acima do habitual no atual contexto, atendendo a que são apenas autorizadas pessoas credenciadas, com teste negativo ao coronavírus, não existindo bilhetes à venda.
Aproveitando esta situação, o Palmeiras decidiu ‘premiar’ 11 sócios-adeptos com credenciais para a terceira final entre clubes brasileiros, depois de duas com o São Paulo, que venceu o Athletico Paranaense em 2005 e perdeu com o Internacional em 2006.
A antiguidade de sócio, o cumprimento das quotas e a assiduidade aos jogos do ‘verdão foram alguns dos critérios para a seleção, cuja ‘convocatória’ foi divulgada por Abel Ferreira, através de uma videochamada telefónica para cada um deles.
Além da surpresa, seguida do entusiasmo, os “eleitos” assumiram a emoção com a “convocatória”, prometendo apoio especial ao ‘onze’ de Abel Ferreira, que, insistentemente, realçava a importância coletiva: “Todos somos um”, reiterou, animado, o português.
O rival Santos teve iniciativa semelhante, mas acabou por premiar cinco funcionários do clube com a entrada para a final, entre os quais um massagista, dois eletricistas, um treinador dos escalões de formação e uma empregada da limpeza.
Os dois emblemas chegaram pela quinta vez à final da 'Champions' sul-americana. O Santos procura o quarto triunfo, depois das conquistas em 1962, 1963 e 2011, enquanto o Palmeiras tenta a segunda vitória, depois do único êxito, em 1999.