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Crónica: Cabeça 'milagrosa' de Breno dá Libertadores a Abel Ferreira

Um ‘milagroso’ cabeceamento do suplente Bruno Lopes, aos 90+9 minutos, valeu hoje ao Palmeiras, de Abel Ferreira, a conquista da Taça Libertadores em futebol, após um jogo ‘vazio’, de risco zero, no mítico Maracanã.

Crónica: Cabeça 'milagrosa' de Breno dá Libertadores a Abel Ferreira

Quando tudo apontava para o prolongamento, após um jogo sem uma única ocasião clara, fechado, com as defesas sempre melhores do que os ataques, Breno cabeceou de forma perfeita um centro do mesmo nível de Roni, na direita, para o ‘bis’ do ‘verdão’, mais de duas décadas após o feito de Luiz Felipe Scolari.

A felicidade de Jorge Jesus, na final de 2019, com dois golos de Gabriel Barbosa (89 e 90+2 minutos) a acabar, para dar a volta ao River Plate (2-1), foi agora a de Abel Ferreira, que arrebatou o seu primeiro título com treinador no escalão sénior.

O Palmeiras justificou o triunfo tão só porque conseguiu o golo, pois nenhuma das equipas o mereceu, tal o medo demonstrado, não correndo qualquer risco, à procura de algum momento de inspiração individual. Surgiu quando já não se esperava.

Para a história, na terceira final 100% brasileira, fica, porém, o título do Palmeiras, que repetiu 1999 e negou o ‘tetra’ ao Santos, que tinha arrebatado a prova em 1962 e 1963, liderado por Pelé, e em 2011, à ‘boleia’ de Neymar.

O encontro começou tenso, com as defesas claramente mais fortes do que os ataques, risco zero e algumas entradas ‘durinhas’, o que custou um cartão amarelo bem cedo (10 minutos) a Lucas Veríssimo, depois replicado por Gustavo Gómez (35).

Uma iniciativa de Roni, que Luiz Adriano não conseguiu desviar, aos 11 minutos, e um cabeceamento de Gustavo Gómez, após um canto, aos 14, pareciam trazer um Palmeiras dominador, mas tal não aconteceu, com o equilíbrio a manter-se.

Até ao intervalo, destaque apenas para uma jogada do ataque do Santos, com Marinho a não chegar a um centro da esquerda, e, do outro lado, um remate cruzado de Raphael Veiga e uma boa jogada de Roni, que não conseguiu isolar Luiz Adriano.

O segundo tempo não trouxe novidades, com o jogo a continuar fechado e a emoção a aparecer apenas em lances de bola parada, num livre que Lucas Veríssimo não conseguiu desviar para a baliza, aos 59 minutos, e num livre direto de Raphael Veiga, aos 64.

Aos 70 minutos, Gabriel Menino conseguiu cabecear na área, por cima e, do outro lado, aos 77, o Santos criou a primeira grande oportunidade, num ‘tiro’ de Diego Pituca que Weverton defendeu para a frente, com recarga de Felipe Jonatan muito pouco ao lado.

Com as substituições, nomeadamente a entrada de Lucas Braga, o Santos ganhou algum ascendente à entrada para o quarto de hora final, mas, com o aproximar do minuto 90, as duas equipas preocuparam-se sobretudo em arriscar ainda menos, nada.

Aos 90+6 minutos, uma confusão junto ao banco do ‘peixe’ acabou com a expulsão do treinador Cuca, e mais dois amarelos, o jogo prosseguiu e, quando o prolongamento parecia inevitável, o Palmeiras desenhou a melhor jogada do encontro.

O já muito desgastado Roni tirou da ‘cartola’ um espetacular centro da direita e, ao segundo poste, Breno Lopes, o segundo suplente lançado por Abel Ferreira, ganhou nas alturas e cabeceou fora do alcance de John, que ficou estático, a ver a bola entrar.

Ainda havia tempo, e o Santos ainda foi à procura de um golo que lhe desse o tempo extra, mas o Palmeiras já não ‘podia’ perder e segurou o precioso golo até ao fim, que chegou quase aos 90+15 minutos, uma espécie de meio prolongamento.

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