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Jogadoras de Espanha não querem ir a jogo: Quais as consequências para as campeãs mundiais?

Depois da polémica com Luis Rubiales, recentemente, as jogadoras da seleção feminina de Espanha lançaram uma discussão que está a levantar questões sobre os limites das convocatórias nacionais e o direito dos atletas renunciarem a chamada para representar o seu país.

Jogadoras de Espanha não querem ir a jogo: Quais as consequências para as campeãs mundiais?
FIFA Women's World Cup

O conflito gira em torno da convocatória de jogadoras que tinham renunciado à seleção até à restruturação do organigrama do futebol feminino e de outros departamentos da Federação Espanhola. A nova selecionadora de Espanha, Montse Tomé, decidiu convocar 20 jogadoras que tinham pedido para não integrar a seleção.

Aqui surge o grande dilema: se as jogadoras em questão não se apresentarem ao estágio da seleção, enfrentarão consequências severas. Segundo a Lei do Desporto espanhola, os jogadores que não respondem a uma convocatória "quando devidamente citados" cometem uma "infração muito grave".

Esta recusa em apresentarem-se na concentração da seleção pode resultar em multas substanciais, entre 3.000 e 30.000 euros, e na suspensão da licença federativa, que é essencial para competir, por um período que varia de dois a cinco anos.

Segundo Paulo Pereira, comentador de arbitragem da Renascença, as jogadoras espanholas podem ir mais longe no seu protesto e, até boicotar os jogos da Liga da Nações, ao se recusarem a jogar após o apito inicial das partidas.

"Se no apito inicial a bola for a favor de Espanha, as jogadoras vão recusar-se a jogar. Se for a equipa adversária a começar, vamos ter as jogadoras espanholas absolutamente imóveis", começou por dizer.

"Naturalmente, a equipa adversária irá obter um golo e, depois, será a seleção espanhola a ter de dar o pontapé de recomeço. Vão continuar, certamente, a recusar-se a jogar e, aí, o árbitro terá, depois de avisar, naturalmente, a capitã e os delegados da seleção espanhola, de dar o jogo por terminado", acrescentou.

Víctor Francos, presidente do Conselho Superior do Desporto espanhol, instou as jogadoras a comparecerem aos estágios. No entanto, ele deixou claro que, caso não cumpram a chamada, a lei será aplicada, independentemente do seu apoio às campeãs do mundo.

De referir que, as jogadoras espanholas, que fizeram história ao levantar o troféu de campeão mundial, sustentam que a convocatória não respeitou as regras da FIFA, o que levanta questões sobre a validade da chamada da nova técnica da La Roja. As jogadoras argumentam ainda que não estão obrigadas a comparecer devido a essa irregularidade.

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