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No epicentro da iminente reabertura do mercado de transferências, surge João Neves, jovem médio do Benfica que se destaca como uma das grandes revelações do campeonato português e, cujo talento captou a atenção do gigante inglês Manchester United.
A possibilidade de ativação da sua cláusula de rescisão por parte dos red devils, fixada pelo Benfica num astronómico valor de 120 milhões de euros, levanta um debate fervoroso sobre o futuro do internacional português.
Segundo a imprensa britânica, o Manchester United está a ponderar seriamente a contratação de João Neves, uma das mais reluzentes pérolas formadas no Seixal.
Este interesse representa um reconhecimento significativo do talento do jogador, que se destacou rapidamente nas fileiras do Benfica sob a batuta de Roger Schmidt.
Diogo Luís, ex-jogador encarnado e agora comentador desportivo na CNN Portugal, oferece uma análise cautelosa sobre a possível transferência de Neves para Old Trafford.
Para o antigo lateral das águias, o montante de 120 milhões parece exagerado, mesmo no contexto inflacionado do futebol moderno.
"Eu não acredito que vão bater os 120 milhões. Acho um valor exagerado. No futebol tudo é possível, é verdade, mas estamos a falar de um médio", começou por dizer Diogo Luís, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.
Comparando com a transferência de Enzo Fernández para o Chelsea, Luís nota diferenças cruciais nos perfis dos dois jogadores, sublinhando a relevância do desempenho de Fernández no Mundial.
"Enzo Fernández foi um jogador que fez um grande Mundial, ajudou a sua equipa a ganhar o Campeonato do Mundo, fazia assistências", observou.
Com apenas 19 anos, João Neves é visto como um talento em plena ascensão, dotado de um equilíbrio tático impressionante e, apesar de ainda estar num processo de maturação, já se impôs como uma peça chave na estratégia de Schmidt.
"O João Neves é um grandíssimo jogador, mas é um jogador de equilíbrio e ainda está em crescimento, tem 19 anos. Acho difícil baterem"
"Trata-se de um grandíssimo jogador com muito potencial, sem dúvida, vão pagar o presente e vão pagar o futuro porque ainda tem muito para crescer e é bom para ele sentir que continua a ser um jogador bastante aliciante para muitos clubes", defendeu o ex-jogador.
Para o Benfica, a potencial saída de Neves apresenta um dilema. Por um lado, uma transferência significativa poderia representar um encaixe financeiro importante.
Por outro, perder um jogador com o calibre de Neves, especialmente a meio de uma época competitiva, poderia ser um revés nas aspirações do clube em múltiplas frentes.
"E, sobretudo, para o Benfica perceber que tem aqui um ativo importante, que não começou o ano como titular, porque, a verdade, é que o treinador tinha outras ideias"
"Depois, o lateral-esquerdo e o lateral-direito fizeram com que o Aursnes saísse da posição e o João Neves ganhou o seu lugar com mérito porque foi ele que ganhou porque ninguém lhe deu nada", observou.
"Acho muito difícil que alguém bata 120 milhões. Também acho muito difícil que o Benfica venda em janeiro por 60 ou 70 milhões porque está em muitas frentes e seria muito mau para o Benfica tentar justificar isso", rematou Diogo Luís.
O futuro de João Neves é uma incógnita repleta de possibilidades. Enquanto o interesse de um clube do calibre do Manchester United é lisonjeiro, tanto o Benfica quanto o jogador terão de pesar cuidadosamente os prós e contras de uma mudança tão significativa nesta fase da sua carreira.
