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"Aquela camisola branca não era do Real Madrid, era o Vitória de Guimarães"

No recente jogo contra o Vitória de Guimarães, o Benfica viu-se confrontado não só com as dificuldades do relvado, mas também com as escolhas táticas de Roger Schmidt, técnico dos encarnados.

"Aquela camisola branca não era do Real Madrid, era o Vitória de Guimarães"
Gonçalo Flores Semedo / Futebol 365

"Eu acho que o erro está em quem pensa o jogo do Benfica"

O empate a duas bolas no Estádio D. Afonso Henriques não comprometeu apenas a liderança isolada da equipa encarnada, mas também gerou ondas de críticas e dúvidas, tanto por parte dos adeptos encarnados como de figuras outrora ligadas ao clube, especialmente devido às opções táticas do treinador alemão.

Uma decisão que causou surpresa e desagrado foi a escolha de Schmidt de não alinhar com um ponta-de-lança de origem na visita à Cidade Berço, deslocação tradicionalmente difícil.

Jogadores como Arthur Cabral, Marcos Leonardo e Tengsted foram relegados para o banco, enquanto Rafa foi posicionado no centro do ataque, apoiado por Angel Di María, Aursnes e João Mário.

Esta tática, adotada pela equipa técnica liderada por Roger Schmidt, no entanto, revelou-se ineficaz e pouco convincente, deixando muitos adeptos das águias insatisfeitos.

Neste sentido, António Carraça, antigo diretor-geral do Benfica, expressou recentemente a sua crítica e, de forma irónica, sugeriu que Schmidt poderá ter confundido as cores das camisolas dos vitorianos.

"Eu até pensei que tivesse havido algum erro de comunicação. Aquela camisola branca não era do Real Madrid, era o Vitória de Guimarães, não era o Real Madrid", começou por destacar o agora comentador.

A crítica do antigo dirigente encarnado estendeu-se à opção de colocar Morato como defesa-esquerdo adaptado, uma vez que o brasileiro é central de origem.

"A culpa não é dele. Qualquer jogador quer jogar, seja a que posição for. Eu acho que o erro está em quem pensa o jogo do Benfica", observou Carraça, em declarações no Canal 11, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.

Apesar de reconhecer que Morato poderia ser uma opção pontual para a posição, Carraça salientou a presença de Aursnes e os minutos já acumulados por Carreras como alternativas viáveis.

"Ter o Morato como uma solução pontual de dois ou três jogos… Agora, já está o Aursnes e o Carreras já fez alguns minutos", acrescentou o comentador.

Carraça também aproveitou para destacar a postura do Arouca, uma equipa com menos recursos financeiros, que enfrentou o FC Porto "cara a cara".

"O Arouca jogou cara a cara com o FC Porto", fez questão de recordar António Carraça.

Esta comparação sublinha a incapacidade do Benfica em impor-se taticamente, especialmente quando confrontado com adversários mais modestos.

"Todos os treinadores, até os mais pequeninos, das segundas e terceiras divisões vão ver o relvado"

O ex-diretor-geral das águias não poupou nas críticas a Schmidt, questionando a estratégia adotada num campo pesado como o de Guimarães.

Carraça sublinhou a importância de os treinadores analisarem as condições do relvado, destacando que, mesmo os treinadores de escalões inferiores, adaptam as suas táticas conforme necessário.

"Todos os treinadores, até os mais pequeninos, das segundas e terceiras divisões vão ver o relvado. Até podem ir com uma ideia pré-concebida, mas vão ver o relvado, como a bola rola. E se tiver de mudar, muda naquela altura", rematou.

Num confronto repleto de emoções no Estádio D. Afonso Henriques, o Benfica conseguiu resgatar um ponto na visita a Guimarães, com um cabeceamento certeiro, já nos minutos finais do encontro, por intermédio de Arthur Cabral, avançado brasileiro que chegou a ser apelidado de 'Picanha' mas que tem ganho cada vez mais destaque na Luz.

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