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"Kokçu não fez de propósito para provocar um conflito e ir embora"

O ambiente no Benfica tem sido marcado por uma tensão palpável nos últimos dias, desencadeada pelas declarações controversas do médio turco Orkun Kökçü à publicação neerlandesa 'De Telegraaf'.

"Kokçu não fez de propósito para provocar um conflito e ir embora"
SL Benfica

"O treinador não pode ir para uma conferência imprensa dizer que não sabe de nada", critica António Simões.

As palavras do jogador turco, que expressou a sua insatisfação com a forma como foi recebido no clube e manifestou críticas tanto ao treinador Roger Schmidt quanto à administração encarnada, liderada por Rui Costa, desencadearam uma série de repercussões que agitaram os bastidores do clube da Luz.

Kökçü, que chegou ao Benfica com o rótulo de contratação mais cara da história das águias, revelou sentir-se menosprezado em comparação com outras contratações em Portugal e em outros grandes clubes europeus.

As declarações do internacional pela Turquia levaram ao seu afastamento do último jogo do atual campeão nacional frente ao Casa Pia e a uma troca de palavras entre o jogador e a equipa técnica liderada por Schmidt.

"Até pelo que custou ao clube, deve ser considerado não se perder o jogador e o dinheiro"

A entrevista concedida à 'De Telegraaf' gerou um debate intenso sobre a postura do jogador e as suas críticas ao clube, dividindo opiniões entre aqueles que o apoiam e os que consideram necessária uma ação mais severa por parte da direção do Benfica.

Neste contexto, António Simões, antigo internacional português e ex-diretor dos encarnados, comentou recentemente o caso que está a marcar a atualidade dos encarnados, afirmando que o clube lisboeta deveria ter "antecipado" o problema com o médio turco.

"Kökçü não fez de propósito para provocar um conflito e ir embora", começou por dizer o antigo dirigente das águias, em declarações à 'Rádio Renascença, antes de criticar a postura de Roger Schmidt na conferência de imprensa de antevisão ao encontro diante do Casa Pia.

Simões considera que o treinador alemão não pode simplesmente ignorar o problema e que a estrutura do clube deveria ter agido de forma proativa para resolver a situação.

"O treinador não pode ir para uma conferência imprensa dizer que não sabe de nada. Primeiro, havia que antecipar os factos e, depois, arranjar forma de se explicar. Assim evitaria especulação", observou António Simões.

O ex-jogador das águias sugere ainda que é importante manter o jogador no grupo, dado o investimento feito pelo Benfica na sua contratação, mas ressalta a necessidade de uma conversa franca entre a estrutura do clube, o treinador e o jogador para esclarecer a situação e garantir que este tipo de comportamento não se repita no futuro.

"Até pelo que custou ao clube, deve ser considerado não se perder o jogador e o dinheiro", destacou Simões, figura respeitada no universo encarnado.

"Importante é que estrutura e treinador falem com o jogador, mesmo que à frente de todos, para que este compreenda que este não é o comportamento adequado de um profissional de futebol dentro do coletivo", rematou António Simões.

Recorde-se que, as recentes declarações de Kökçü levaram Roger Schmidt a tomar a decisão de deixar o jogador de fora da convocatória para o jogo contra o Casa Pia, considerando que as suas declarações foram prejudiciais para o 'clube, a equipa e para o próprio médio'.

Na conferência de imprensa pós-jogo, o treinador alemão expressou a sua desaprovação em relação à entrevista do seu jogador, afirmando que não teve a oportunidade de falar diretamente com o jogador sobre o assunto, mas que o 'considerou uma atitude negativa'.

"Quando se dá uma entrevista daquelas, não se pode estar com a equipa. Não tive hipótese de falar com ele. Falarei quando ele regressar da seleção", começou por dizer Schmidt, em declarações à BTV.

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