«Derrota frente à Nigéria desprestigiou a Argentina», Júlio Grondona

“Às vezes é bom fazer certas experiências para ver se são necessárias ou convenientes, porque a camisola da seleção argentina tem um prestígio que não se coloca a questão de jogar por jogar”, disse Júlio Grandona à rádio Mitre, numa alusão à equipa secundária apresentada pelo selecionador Sérgio Batista frente à seleção nigeriana.

O dirigente lembrou que se tratou de uma “espécie de seleção ‘B’ que estava à prova” e admitiu que se façam estas experiências “em função da quantidade e qualidade” dos jogadores disponíveis, mas alertou para a necessidade de se “ter mais cuidado” quando se realizam estas partidas de caráter particular.

A base da seleção argentina que defrontou a Nigéria esta quarta-feira era formada por jogadores com menos de 25 anos que jogam em clubes europeus. A intenção do selecionador Sérgio Batista é dar oportunidades a esses jogadores, na perspetiva de contar com eles no futuro, nomeadamente nas eliminatórias de acesso à fase final do Mundial 2014.

Desta seleção fizeram parte três jogadores argentinos que competem no futebol português, Belluschi (FC Porto) e Gaitán (Benfica), que foram titulares, e Jara (Benfica), que foi lançado em campo aos 70 minutos.

“À partida pensamos que os jogadores que jogam na Europa são de outro nível, mas nem sempre é assim. Aliás, entendo que não há necessidade de testar na seleção jogadores que não são titulares nas suas equipas”, acrescentou Grondona, para quem existem também “outras facetas menos sãs” nestas convocatórias, que se prendem com os “interesses dos empresários dos jogadores em valorizar os seus ativos”.

O presidente da Federação argentina de futebol defende que não se justifica arriscar um resultado como aquele que a seleção das pampas sofreu para observar jogadores e eventualmente aproveitar algum.