Crónica: Marítimo cai em Amarante e falha oitavos de final da Taça

O camisola 10 do Amarante, equipa do Campeonato de Portugal, aproveitou um erro infantil de Dirceu, que deixou escapar a bola à entrada da área, e bateu José Sá, com um remate cruzado, aos 44 minutos, oferecendo uma vitória que os locais, com grande espírito de entreajuda, acabaram por justificar.

O Marítimo, que alinhou os últimos 11 minutos em inferioridade numérica, por expulsão de Marega (viu dois cartões amarelos), pode queixar-se apenas de si próprio, num jogo em que teve em sobranceria o que lhe faltou em atitude, velocidade e assertividade perante um conjunto do terceiro escalão.

Depois de deixar para trás Vila Real, São Roque e Bragança, o Amarante conseguiu conter os primeiros minutos da formação insular, apostando na superioridade numérica nos corredores, e aproveitou a passividade dos jogadores contrários para, em pressão a meio-campo, conseguir recuperar algumas bolas e lançar tímidos contra-ataques.

O Marítimo dominava, mas não tinha quem assumisse o jogo entre linhas e apenas Marega, nos primeiros minutos, conseguiu meter velocidade pelo corredor direito.

Fransérgio, aos nove minutos, Tiago Rodrigues, aos 25, Marega, aos 35, e Raul, já nos descontos da primeira parte, criaram os lances mais perigosos da formação da I Liga, que sofreu um golo num erro infantil e quase permitiu o segundo a seguir, num remate cruzado do experiente Cesinha, de 35 anos.

As alterações no Marítimo não deram grandes resultados, apesar dos nove pontapés de canto conquistados no segundo tempo, e levaram mesmo a equipa a cair num jogo direto, fazendo brilhar o guarda-redes André Fonseca, seguro e decisivo.

O Amarante soube sofrer e, com Piquet a pautar o jogo a meio campo e Miguelito e Cesinha no ataque, conseguiu sempre deixar em sentido uma equipa que acabou o jogo de cabeça perdida.