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Após ter perdido por duas bolas a zero na receção ao Salzburg, na estreia na Liga dos Campeões, o Benfica enfrenta agora um desafio histórico na Liga dos Campeões, já que nunca conseguiu avançar para a fase seguinte após uma derrota na primeira jornada da prova.
A derrota na partida de estreia contra o Salzburg trouxe à tona um padrão indesejado que assombra o clube: nunca, na história do Benfica, a equipa avançou para a fase seguinte da Liga dos Campeões após um tropeção na primeira jornada. Será que este ano será diferente?
A saga infeliz dos encarnados começou na temporada 1991/1992, quando a competição tinha um formato experimental, com apenas dois grupos e o vencedor de cada grupo avança diretamente para a final. O Benfica, que mais tarde conquistaria o título, ficou pelo caminho na fase de grupos, terminando em terceiro lugar, atrás do Barcelona e do Sparta Praga.
Nas décadas seguintes, o Benfica continuou a enfrentar dificuldades após derrotas iniciais. Nos anos 90, uma derrota contra o Kaiserslautern na Alemanha deixou o clube a lutar para avançar. No novo milénio, os desaires na primeira jornada ocorreram em várias ocasiões, com derrotas para Milan, Zenit, CSKA, Bayern e RB Leipzig, todas a dificultar a passagem do Benfica.
O treinador Roger Schmidt está agora no comando do emblema da Luz e enfrenta a tarefa hercúlea de quebrar este ciclo indesejado. Até hoje, nenhum dos seus antecessores conseguiu tal feito. Nomes ilustres como Eriksson, Graeme Souness, José Antonio Camacho, Jorge Jesus, Rui Vitória (por duas vezes) e Bruno Lage lutaram contra esta tendência mas não se conseguiram impor como "salvadores".
Schmidt, que já deixou a sua marca com o estilo de jogo vibrante e ofensivo que implementou no Benfica, agora enfrenta um desafio de mentalidade e história. A equipa terá de superar todas as adversidades e escrever um novo capítulo na sua história europeia se quiser manter viva a esperança de sucesso na Liga dos Campeões.
O jogo contra o Salzburgo foi apenas o primeiro passo de uma jornada que pode ser longa e desafiadora. O Benfica enfrenta um grupo equilibrado, que inclui o Inter de Milão e a Real Sociedad, tornando cada ponto precioso na procura pela qualificação para o "mata-mata" da prova milionária.
