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Marítimo: Parlamento chumba comissão de inquérito às obras do estádio

A maioria parlamentar do PSD-Madeira chumbou hoje a pretensão dos socialistas de apurar se existiram “situações de favorecimento” na construção do estádio do Marítimo, depois dos presidentes do governo regional e do clube terem trocado palavras “crispadas”.

O líder do Marítimo, Carlos Pereira, mostrou publicamente o desagrado pelo atraso significativo nas obras de remodelação do Estádio dos Barreiros, no Funchal, acusando mesmo os responsáveis de “falta de acompanhamento do processo” e Alberto João Jardim reagiria mais tarde ao afirmar que o clube “teria de ser revisto de alto a baixo”.

O assunto chegou ao parlamento, numa iniciativa socialista, com André Escórcio a justificar “a necessidade de avaliar o custo/benefício de 45,6 milhões de euros” e a desafiar também a maioria a chutar “para fora” ou a tentar “jogar o jogo da transparência”.

O PSD-M reagiu à pretensão por Jaime Lucas, justificando o chumbo da iniciativa com a “transparência” com que o Tribunal de Contas tem avaliado o Instituto do Desporto da Região Autónoma da Madeira (IDRAM).

“Com base em regulamentos publicados, com a divulgação dos contratos programa, com vistos do tribunal de contas, aqui é que está a fiscalização de tudo o que se faz em termos de matéria desportiva do IDRAM, está fiscalizado pelo Tribunal de Contas”, fundamentou.

O PCP-M, pela voz de Leonel Nunes, considerava que “o que se tem passado ultimamente não é caso de inquérito parlamentar, é caso de polícia” e relembrou palavras de Jardim que dizia existir “interesses ilegítimos” no clube.

O Bloco de Esquerda, por intermédio de Roberto Almada, considerou que a “promiscuidade já vai para além do desportivamente aceitável”, propondo como solução que o governo regional alienasse “a participação que tem no clube” e que não desse o estádio de “mão beijada a uma qualquer coletividade”.

O CDS-PP questionou se não seria melhor a audição do responsável do IDRAM, “entidade que podia esclarecer esta matéria”.

O MPT-M defendeu a necessidade de construção do estádio porque, justificava Roberto Vieira, como outros clubes “beneficiaram destes apoios”, também o Marítimo “deveria beneficiar dos mesmos”.

O PND considerou a pretensão socialista “ridícula”, porque a região “construiu três estádios para três clubes” e, se tivesse apenas construído um, “a discussão nem teria lugar”, afirmou António Fontes.

PS, MPT, PCP e BE votaram a favor da constituição da comissão. O CDS absteve-se e o PSD e o PND votaram contra.

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